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Estado de Minas

Empresa descarta erro na identificação das vítimas de tragédia na BR-040


postado em 20/03/2012 06:00 / atualizado em 20/03/2012 07:19

(foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)
(foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)

As denúncias de equívocos na identificação dos corpos das 15 vítimas do acidente na BR-040 surgiram no começo da manhã de ontem, durante o enterro de Isaías Vieira Silva, primeiro dos seis mortos enterrados em Ipatinga, no Vale do Aço. O irmão da vítima, Davi Malta da Silva, de 34, um dos poucos familiares que foram a Curvelo,  a cerca de 400 quilômetros de Ipatinga, identificar o corpo do parente, conta ter encontrado outra pessoa na urna com o nome do irmão. “Tive que ver 11 corpos e só então achei o Isaías, num caixão que tinha o nome de Nivaldo”.

Para evitar dúvidas, assim que os corpos chegaram de Curvelo a família de outra vítima, Tadeu Fernandes Schubert, de 20, exigiu que, antes de serem velados, os restos mortais fossem levados do cemitério para uma funerária, para que parentes pudessem identificá-lo. Depois de abrir a urna, eles confirmaram que o corpo era mesmo do rapaz, um dos mais novos entre o grupo de trabalhadores.

Segundo o dono da Conenge Montagem Industrial, Heleno Conte, embora o reconhecimento dos corpos tenha sido feito por um empregado da empresa, não há dúvidas sobre a identidade de cada um. “Esse funcionário conhecia todos e estava acompanhado de um legista. Além disso, a maioria dos mortos estava com documentos nos bolsos. Mas, caso as famílias queiram, podemos pagar o exame de DNA para que se certifiquem disso”, afirmou Conte. Ele ressaltou que a identificação ocorreu dessa forma para acelerar a liberação dos corpos.

Até o início da tarde de ontem, os 15 corpos haviam sido sepultados. Além de Ipatinga, houve enterros em Ipaba (um), Belo Oriente (dois), Vargem Alegre (uma), Dores de Guanhães (um), e Cachoeira Escura (quatro), todos no Vale do Aço. Apesar das dúvidas sobre a identidade dos corpos, os demais familiares não decidiram ainda se tomarão providências para exumar os corpos e reconhecer os parentes.

Cansaço e tristeza

As dúvidas quanto à identidade de algumas vítimas acabaram por esgotar as forças dos parentes dos mortos, que desde a tarde de sábado sofrem com o impacto da tragédia. Quando os enterros começaram algumas pessoas chegaram a passar mal, enquanto outras choravam, ainda inconformadas com a perda. A brutalidade do acidente era o comentário geral.


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