O fato de guardar relíquias do século XVIII, como peças de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, não foi suficiente para garantir proteção à Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Sabará, uma das cidades da região metropolitana que atraem mais foliões durante o carnaval. Apesar da promessa do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) de religar alarmes em regime de emergência na sexta-feira, o sistema de vigilância da igreja, construída de alvenaria de pedra entre 1763 e 1778, continuava sem funcionar até ontem. Também, diferentemente do que anunciou o Iepha, a Polícia Militar não recebeu qualquer orientação especial para proteção do patrimônio na cidade durante o carnaval.
A Guarda Municipal, responsável direta pela proteção do patrimônio, está presente com 50 homens nas ruas. Já a Polícia Militar conta com 80 agentes no carnaval sabarense, mas sem qualquer orientação sobre cuidado especial em relação à segurança de igrejas e bens tombados. “Estamos cuidando mais da segurança de foliões”, afirma um militar da 15ª Companhia Independente.
Sem referir-se diretamente ao cuidado com o patrimônio histórico, o prefeito William Borges diz que o policiamento da cidade foi reforçado em 20% para os dias de carnaval. O secretário Municipal de Cultura, Sérgio Alexandre Silva, afirma que algumas medidas vêm sendo adotadas para a proteção do conjunto arquitetônico. “Contamos com câmeras de monitoramento do projeto Olho Vivo em todo o Centro Histórico. Além disso, contratamos segurança particular e rádios comunicadores”, susenta.