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Estado de Minas DENGUE

Focos do mosquito da dengue deixam Zona Sul de BH em alerta vermelho

Terceiro levantamento do ano revela região nobre da capital com recorde de infestação do mosquito Aedes aegypti e índice oito vezes acima do aceito pelo Ministério da Saúde


postado em 07/04/2011 06:00 / atualizado em 07/04/2011 08:01

Agentes inspecionam possíveis focos em diversas regiões da cidade(foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 9/2/11)
Agentes inspecionam possíveis focos em diversas regiões da cidade (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 9/2/11)


A Região Centro-Sul de Belo Horizonte bateu o recorde de infestação do mosquito transmissor da dengue na capital. A Vila Barragem Santa Lúcia, área cercada pelos bairros Santo Antônio, São Pedro, Sion, Vila Paris, São Bento e Santa Lúcia, atingiu a preocupante marca de 8,99% no Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), divulgado nessa quarta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde. O percentual é superior ao considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde (1%) e acende um alerta para o combate aos focos. Desde as duas últimas edições do Liraa, nenhuma área da cidade alcançou número tão alto. Em outubro, a Região da Pampulha esteve no topo do ranking com 5,79% no Bairro Confisco. Em janeiro, o Bairro Céu Azul (7,67%), na Região de Venda Nova, encabeçou a lista. Conforme o levantamento de março, os bairros São José (7,46%), na Região Noroeste, e São Luiz (7,15%), na Pampulha, ocuparam o segundo e terceiro lugares. O Liraa é feito em 35 mil imóveis divididos nos 496 bairros da cidade.

“Temos duas áreas que elevaram a média da Centro-Sul, que são a Vila Barragem Santa Lúcia e o Aglomerado da Serra. Este é um alerta maior para a área e também para os vizinhos, mas não significa que outros bairros da região podem descuidar nas medidas de combate a possíveis criadouros. A infestação é uma situação dinâmica. Temos de manter o alerta de todos”, afirma o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira.

Entre os bairros no entorno do Santa Lúcia, os números também chamam atenção das autoridades. No São Pedro (5,45%), Sion (5,14%), Santa Lúcia (2,13%), Vila Paris (2,74%), Santo Antônio (2,43%) e São Bento (2,13%), todos os índices estão acima de 1%, valor considerado razoável pelo Ministério. No bairro Serra, área limítrofe das vilas que compõem o Aglomerado da Serra, 3% dos imóveis apresentam focos do mosquito da dengue.

Redução

Entre os números do Liraa divulgados ontem, a boa notícia é a redução da infestação média na capital. Dos 3,8% do levantamento feito em janeiro, BH passou a registrar o índice de 2,5% em março. Neste mesmo mês de 2010, o Liraa foi de 3,9%. “O índice mostra uma redução importante, mas apesar disso ainda temos muitas áreas com infestação alta”, alerta Teixeira. O secretário destacou ainda o papel fundamental da população na redução dos criadouros, tendo em vista que 79,6% dos focos foram localizados em imóveis habitados. Entre os focos, 28,91% estão presentes em materiais descartáveis, como copos e sacolas plásticas; 23,66% em pratos de vasos de plantas e 8,33% em recipientes domésticos.

A realização do Liraa por bairros, de acordo com o secretário, otimiza o poder de atuação da prefeitura no combate aos criadouros do Aedes aegypti. “Temos ações para toda a cidade, mas vamos intensificá-las nas áreas mais infestadas”, afirmou. Neste ano, 50 mutirões de limpeza foram feitos na capital, com recolhimento de 715 toneladas de lixo e 2.245 pneus. Para abril, 14 já estão previstos. Em 2010, foram 213 mutirões que retiraram das ruas e residências 4 mil toneladas de resíduos.

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