A Justiça paulista negou o recurso da defesa do goleiro Bruno Fernandes e manteve a transmissão do documentário “Até que a morte nos separe”, do canal pago A&E, e que também será exibido por um site na noite desta terça-feira. No episódio, que vai ao ar, defesa e acusação do processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio contam suas versões do caso que chocou o país. Em sua decisão, a juíza Patrícia Maiello Ribeiro, da 41ª Vara Cível, cita que “a liberdade de imprensa e de informação assegura o direito à veiculação de toda e qualquer informação de interesse público, cabendo ao meio de comunicação acautelar-se para não se distanciar do “animus narrandi”.
Eduardo Pimenta deve entrar com um recurso para tentar retirar as imagens do goleiro da página do canal. “O site já vai pagar uma indenização por veicular uma imagem do Bruno sem a autorização. Pois a juíza analisou a questão sob a ótica do programa, pretendo entrar com um agravo de instrumento”, explica o advogado.
O episódio sobre o chamado “Caso Bruno” vai ao ar sob o título “Penalidade Máxima”. Embora o corpo de Elisa nunca tenha sido encontrado, a Prodigo Filmes, produtora da série, considera que ela realmente foi morta e teve o corpo desmembrado. “Crime que chocou o país em virtude da crueldade de seu mandante. A história envolve o assassinato e esquartejamento de Elisa, ex-amante do goleiro Bruno, reconhecido em seu clube, o Flamengo, e cotado para defender a seleção brasileira em 2014”, diz a sinopse.
Os principais depoimentos, segundo a produtora da série, são do jornalista Juca Kfouri, do advogado Cláudio Dalledone, que defenseu Bruno durante a maior parte do processo, do delegado Edson Moreira, que chefiou as investigações, do advogado José Arteiro, que representava a mãe de Elisa, e da delegada Alessandra Wilke, que participou do começo das investigações.