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Estado de Minas

6 dúvidas comuns sobre cirurgia ortognática e rinoplastia


04/09/2020 01:32 - atualizado 04/02/2021 11:34

Procedimentos possuem relação entre si, uma vez que o nariz fica apoiado na maxila; cirurgias servem para corrigir problemas de saúde e também para melhorar a autoestima





Dr Geraldo Capuchinho Junior/Divulgação
Dr Geraldo Capuchinho Junior/Divulgação




A face é o nosso cartão de visita,
afinal é a principal parte do corpo exposta em praticamente todas as situações,
seja na vida pessoal ou no trabalho. Por isso, não é a toa que as cirurgias
plásticas faciais correspondam a aproximadamente 17% do total dos procedimentos
realizados no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica (SBCP)
.





Entre as cirurgias que
proporcionam mudanças mais significativas nos traços faciais estão a
rinoplastia (plástica do nariz) e a ortognática – aquela na qual é possível
recuar ou avançar a mandíbula ou a maxila, alterando drasticamente o perfil
facial. "São procedimentos que se relacionam, uma vez que o nariz fica apoiado
na maxila. É comum que o paciente chegue ao consultório queixando-se de
insatisfação com o nariz, quando na verdade ele necessita de uma correção
justamente na maxila ou na mandíbula", afirma Dr. Geraldo Capuchinho Jr.,
cirurgião plástico e crânio-maxilo-facial, com expertise em ambos os
procedimentos.





Ele explica que, dependendo da
posição anatômica da mandíbula e da maxila, as proporções faciais podem ganhar
mais equilíbrio, pois esses ossos da face promovem alterações nos tecidos
moles: queixo, bochechas, lábios e nariz. Segundo o especialista, pacientes que
se submetem apenas à cirurgia ortognática já percebem mudanças no nariz,
algumas vezes satisfatórias, outras não. "Há também casos em que há a
necessidade de fazer a rinoplastia em seguida, para uma harmonização facial
definitiva mais completa", diz ele, lembrando que o nariz deve passar pela
intervenção cirúrgica sempre depois da maxila ou em conjunto, nunca antes.





Este tema traz muitas dúvidas em
homens e mulheres de todas as idades. Para esclarecer o tema, o médico listou seis
perguntas comuns na hora de pesquisar sobre possíveis mudanças no rosto, sejam
por razões estéticas ou de saúde:





– Quando a cirurgia ortognática é indicada?





Segundo o Dr. Capuchinho, além da
insatisfação com a aparência facial, o procedimento é geralmente indicado no
caso de distúrbios das relações dentárias (má oclusão dentária), problemas de
articulação e de mastigação, incapacidade de fechar os lábios sem esforço,
apneia do sono e até mesmo dor de cabeça. "Por se tratar de uma correção
cirúrgica de anormalidades ósseas maxilo-mandibulares, ela restaura a simetria
e as proporções faciais, normalizando a mordida e, consequentemente, melhorando
a qualidade de vida em diversos aspectos".





– No caso da rinoplastia, o que é possível fazer em termos de formato?





A rinoplastia visa alterar o
nariz, trazendo-o ao tamanho certo e adequadamente estético, harmonizando-se
com o resto do rosto. Logo, ela permite aumentar ou diminuir o tamanho, alterar
a forma e a ponta, modificar sua largura das narinas (alectomia ou alaplastia)
e mudar o ângulo entre a testa e o nariz, ou entre o lábio superior.





– Todos podem realizar a rinoplastia?





Sim. De acordo com o
especialista, ela pode ser realizada em narizes de todos os formatos. "Porém,
sempre explico aos pacientes que cada indivíduo possui suas particularidades e
que não é possível reproduzir o nariz de ninguém em outro rosto", reforça Dr.
Capuchinho. Ele revela ainda que há casos nos quais o nariz já possui um
aspecto agradável e sem razões que justifiquem a intervenção. "Neste caso,
explica-se ao paciente que a cirurgia não é necessária", afirma.





– Quais as insatisfações mais comuns nos consultórios?





Segundo o médico, o principal
pedido é para afinar a ponta com naturalidade, o que não era tão comum com as
técnicas cirúrgicas mais antigas. "Embora elas fossem mais fáceis de afinar, o
nariz ficava com uma aparência muito artificial". Hoje, as técnicas novas
exigem mais conhecimento e consegue-se atingir melhoras significativas e bem
naturais.





Outro pedido comum no Brasil é
aumentar o dorso. "Ao olhar uma pessoa de frente, partindo da sobrancelha até a
ponta do nariz, você vai ver duas linhas estéticas que contribuem para  um aspecto de nariz bonito. Este é um ajuste
muito solicitado pelo público brasileiro". Outra queixa é o famoso "nariz de
bruxa", também chamado de nariz grego ou adunco.





– Quais os benefícios obtidos com as cirurgias?





"Sem dúvida, a elevação da
autoestima dos pacientes é o principal benefício", esclarece Dr. Capuchinho. No
caso dos homens, a rinoplastia funciona principalmente para melhorar a
confiança e propiciar a aceitação da própria aparência. Além disso, o médico
reforça que a rinopastia melhora a ventilação nasal – indivíduos com problemas
respiratórios em longo prazo ficam surpresos com a diferença depois da cirurgia
–  ajuda a melhorar  problemas de sinusite e congestão nasal
constante, reduz os episódios de ronco, melhora a dificuldade em respirar e as dores
de cabeça intensas.  





No caso da cirurgia ortognática,
podem se beneficiar os pacientes que apresentam mastigação incorreta ou arcos
dentários mal posicionados devido a desequilíbrios no crescimento da mandíbula
e/ou maxila. Essas alterações podem criar uma série de problemas na função
mastigatória, na ventilação e na saúde bucal em longo prazo, além de sérios
prejuízos no aspecto estético facial.





– É possível corrigir ou melhorar uma rinoplastia feita anteriormente ?





Segundo Dr. Capuchinho, é possível.
A decisão por realizar uma rinoplastia secundária é extremamente difícil: o
paciente quer melhorar sua aparência, porém teme outra decepção. "Esta
insegurança pode ser eliminada apenas por um médico cirurgião que seja de
confiança e que, com a ajuda de seus conhecimentos e habilidades, encontrará
uma maneira de melhorar a qualidade de vida do paciente. Algumas vezes uma boa
conversa, procedimentos minimamente invasivos ou tratamentos psicológicos são
mais eficazes que uma nova cirurgia", finaliza ele.

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