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AMARRAR CACHORRO COM LINGUIÇA


postado em 19/11/2018 11:48

Para descobrir o berço dessa expressão popular, façamos uma viagem à Florença do século 14, terra de Boccaccio, escritor que teve obra literária destacada entre os grandes nomes italianos de sua época. Dizia ele: “Desde minha mais remota infância, sempre senti secreta impulsão de criar uma fábula”.

Foi o que fez ao escrever o Decameron, “dez dias”, em grego, obra que reúne narrativas satíricas sobre os costumes florentinos e cujo enredo trata da história de jovens que se refugiaram durante 10 dias em determinado local e lá ficaram contando histórias de amor.

Numa delas, descrevem uma terra chamada Cucanha, tão maravilhosa que nela os cachorros eram amarrados com linguiça, tendo daí se originado a grotesca versão de que um desses animais, não resistindo ao aroma flutuando no ar, cedeu a seu impulso de gula e acabou devorando o singular arremedo de corrente.

O rei dos cães, indignado quis saber qual de seus súditos havia ferido tão acintosamente a lei. Para isso, decretou que dali em diante todos os cachorros seriam cheirados uns pelos outros em certo orifício corporal até que se descobrisse o misterioso comedor da linguiça – costume que continua praticado por eles até hoje, como todo mundo sabe.

A curiosa expressão é usada para insinuar que alguém não está tomando os devidos cuidados para realizar alguma coisa. No caso, diz-se que o que está sendo feito é o mesmo que amarrar cachorro com linguiça, hábito canino nada aromático...

 

 

 

JUDAS ISCARIOTES – Judas foi o último dos discípulos escolhidos por Jesus. O Evangelho de Mateus chama de Judas Iscariotes, do hebraico Ish Queriyot, que, textualmente, significa o “homem de Queriyot”, cidade da costa ocidental ao Sul do Mar Morto. Sobre o berço do nome Iscariotes, o papa Bento 16 admitiu a hipótese de que pode ser uma variação hebraica de “sicário”, alusão a um guerrilheiro armado de punhal, sicca em latim. Isso confirmaria a hipótese de que Judas pertenceria a um grupo de resistência aramada à ocupação romana da Judeia, razão pela qual ficara decepcionado ao ver que Deus não lutava pela libertação do seu povo. Apenas se limitava a pregar o estabelecimento do Reino de Deus, o que o levou a entregá-lo a seus inimigos. De qualquer modo, é possível que se passem milênios até que se saiba, verdadeiramente, quem foi Judas Iscariotes. Quem viver, há de saber...

BOM DESPACHO – Mais uma cidade brasileira de nome curioso, localizada no Centro-Oeste de Minas Gerais e com cerca de 45 mil habitantes. Há controvérsias a respeito do nome do município. Uns o atribuem à padroeira da cidade, Nossa Senhora do Bom Despacho, conhecida em Portugal como a Senhora do Sol, razão pela qual Bom Despacho é também chamada de cidade da Senhora do Sol.
A maioria de sua população é de origem lusitana, procedente da província do Minho, no Norte de Portugal, onde era fervoroso o culto a Nossa Senhora do Bom Despacho – nome cujo berço se atribui ao fato de designar a saída de lugar de passagem e partir pra outras paragens. Entre 1767 e 1770, uma terrível seca dizimou pessoas, animais e lavouras. Os devotos da santa lhe imploraram chuva e suas preces foram atendidas, o que os levou a erguer uma capela em honra a ela.
A cidade teve um vulto histórico de importância, Olegário Maciel, ex-governador de Minas Gerais e outros bondespachenses. Diz a lenda que a Biquinha, situada no Centro da cidade, era lugar de descanso dos bandeirantes que por lá passaram. Atualmente, há algumas certezas em Bom Despacho: quem bebe água nessa biquinha e também come os gostosos biscoitos da Mariquinha – doceira local de mão cheia – garante sua volta à cidade. História ingênua, mas com lirismo bem mineiro...

ULULANTE — Tornou muito conhecida a partir de seu frequente uso pelo famoso dramaturgo e fanático torcedor do Fluminense Nelson Rodrigues. O termo tem seu berço no latim ululante, “aquele que ulula, que grita”. A origem remota do vocábulo é o sânscrito ulukas, indicando o pio da coruja, depois também aplicado a outros animais como lobos e cachorros. Dá gosto ver a massa tricolor ulular em euforia, no Maracanã, a cada nova vitória do tradicional e fidalgo Clube das Laranjeiras. Coisas tão frequente...


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