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Nem todos entenderam ainda seu papel neste esquema funesto da pandemia

Somos vítimas e hospedeiros do coranavírus e qualquer contato representa um perigo de contaminação. Há quem não esteja nem aí... estes nos matam!


04/04/2021 04:00 - atualizado 03/04/2021 15:01


 
Desde o surgimento dos primeiros homo sapiens e sua expansão pelos continentes com a ocupação nômade de maiores espaços, desde a África até a Europa e Ásia, e por último as Américas, são 70 mil anos.
 
Chegamos aqui – antropocentristas pós-modernos – acreditando na supremacia e no domínio da natureza, do fogo, da roda. Pensando ser melhores que os animais, forjamos instrumentos e armas, alcançamos o topo da cadeia, dominamos o mundo.
 
Arremedos de deuses, os homens acreditam-se muito espertos. E cada vez mais ricos (principal valor para o homem hoje), depois de tudo feito, podemos acabar com tudo. Faremos do planeta um deserto desabitado, pois, alienadamente, cometemos um tipo de autoextermínio.
 
Podemos picar as árvores, arrancar todo minério das montanhas, acabamos com o ouro e diamantes do solo, esgotamos jazidas, fizemos dos rios esgotos a céu aberto. Fazemos e acontecemos.
O que podemos concluir sobre a história e os fundamentos de nossa civilização? O que aprendemos e o que deixaremos para nossa descendência? A quem interessa responder a esta pergunta?
 
Desde que os homens ditos civilizados saíram em busca de conquistas e riquezas se acreditando o centro do mundo, oprimiram, escravizaram e dizimaram populações inteiras. A presença de um homem branco numa tribo indígena virgem de contato com a civilização representa o extermínio, pois leva consigo uma virulência que não encontra anticorpos. Atacamos indefesos. Somos hospedeiros da morte. Mataremos o outro, a natureza, levaremos tudo que vive até fim do mundo? Morreremos também.
 
Assim é com coronavírus: um mau encontro. Como muitos outros que promoveram mortes, mas diferente. Invisível, se espalhou a partir da China para todo o mundo sem encontrar resistência que o detivesse. Não se fecharam fronteiras senão tarde demais. Nos pegou de surpresa e embora alguns haviam anunciado esta possibilidade pandêmica, ela nos parecia distante e improvável.
 
Sem defesa efetiva, levamos em nós a possibilidade de contágio contra nossos iguais. Somos vítimas e hospedeiros do vírus e qualquer contato representa um perigo de contaminação. Estamos sofrendo e ainda pode ser pior, pois nem todos entenderam ainda seu papel neste esquema funesto. Há quem não consiga elaborar aquilo que se apresenta. Há quem não esteja nem aí... estes nos matam!

A angústia que sofremos hoje é um sinal, um fator de resistência à surpresa traumática. A angústia é sinal de alerta, como se estivéssemos esperando o pior e desamparados diante do perigo esperado.
Não podemos prever quando e de onde vem, mas nos espreita em cada esquina, em cada outro.
O 11 de Setembro não deu qualquer sinal, pegou o mundo despreparado. Agora não, estamos mais que avisados. Então, a angústia é companheira. O pouco de felicidade que ainda nos cabe em cativeiro é símbolo de vida, de saúde mental e pode ser qualquer notícia, qualquer grão nos emociona, que não seja a morte.
 
Pode ser a vacina que chegou, a união à distância, o trabalho em prol da consciência e importância da coletividade, pois somente a responsabilidade de cada um e a solidariedade poderão vencer esta guerra contra o invisível mal que nos ataca. Um inimigo que nos invade nos tornando a nós próprios hospedeiros e ao mesmo tempo vítimas da morte, que nunca esteve tão perto da nossa geração. Estamos sofrendo e à flor da pele.
 
 

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