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Estado de Minas MINAS EM FOCO

Exportações de Minas devem sofrer com crise no Oriente Médio

Embora as vendas do estado à república islâmica tenham caído no ano passado, como as do Brasil, vizinhos, a exemplo do Iraque, Arábia Saudita, Turquia, Paquistão e Omã, proporcionaram fartos ganhos de faturamento a Minas no ano passado


postado em 10/01/2020 04:00 / atualizado em 09/01/2020 23:37


Funeral do general iraniano Qassem Soleimani: conflito entre EUA e Irã tende a afetar o comércio mundial(foto: Ahmad Al-Rubaye %u2013 AFP)
Funeral do general iraniano Qassem Soleimani: conflito entre EUA e Irã tende a afetar o comércio mundial (foto: Ahmad Al-Rubaye %u2013 AFP)


Nas gerações dos nossos avós e bisavós, era costume advertir os falastrões de que “quem fala muito dá bom dia a cavalo”. Diante da crise entre os Estados Unidos e o Irã, não parece mais haver tempo para que o governo aprenda essa lição com seu posicionamento marcado pela defesa da versão norte-americana. As últimas horas da troca de agressões no Oriente Médio só confirmaram que para além da região a disputa desses senhores da guerra deve afetar o comércio internacional. Somada à má vontade que os iranianos poderão ter conosco, depois da reprimenda ao Brasil, a repercussão do conflito nos reserva más notícias também nesse campo.

Mais que o Brasil, Minas Gerais tende a enfrentar redução ou fechamento de mercados para os seus produtos, devido à alta dependência das exportações do estado de itens básicos, as chamadas commodities, mercadorias agrícolas e minerais cotadas no exterior. Em 2018 e de janeiro a novembro do ano passado, de acordo com o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, as vendas de Minas ao Irã caíram, como as do Brasil. A receita do estado obtida na república islâmica foi bastante modesta, de US$ 17,65 milhões nos primeiros 11 meses de 2019 (queda de 73,5% ante o mesmo período do ano anterior).

No entanto, vizinhos do Irã, como Iraque, Arábia Saudita, Turquia, Paquistão e Omã, proporcionaram fartos ganhos de faturamento a Minas entre janeiro e novembro do ano passado em relação ao mesmo período de 2018. Os iraquianos compraram US$ 65,67 milhões do estado, crescimento de 51,8%; e Omã pagou US$ 411,97 milhões, acréscimo de 12,7%. Qual nação ou exportador que seja poderiam se dar ao luxo de perder mercados no exterior ou arriscar menosprezar algum destino no comércio internacional?

Com a clara indicação de apoio aos EUA, seguida da afirmação do presidente Jair Bolsonaro, após o pedido de explicações do Irã, de que o Brasil quer continuar negociando com o país persa, fica em risco um mercado correspondente a R$ 9 bilhões, em cálculos do Ministério da Economia. São quase 80 milhões de pessoas que buscam os produtos halal. Há de se destacar que a balança de comércio com a república islâmica é favorável ao Brasil.

“Faltou tato político ao governo. Brincar com fogo é risco, num cenário de incerteza e insegurança”, observa José Augusto de Castro, presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Como ele, analistas de política internacional têm considerado que o conflito no Oriente Médio pode levar a uma desaceleração da economia mundial, assim como as tensões se agravarem jogando mais lenha na guerra comercial entre os americanos e a China, em lados opostos da crise no Golfo Pérsico.

Antes das sanções de Washington, o Irã já representou o maior importador de carne bovina do Brasil. O milho brasileiro também é demandado pelo país persa. São dois produtos em ascensão no comércio de Minas com o exterior. De janeiro a novembro, o estado exportou 36,2% a mais que no mesmo período de 2018 em carne bovina congelada, fresca ou resfriada, com receita de US$ 689,46 milhões. As vendas de milho em grão subiram 20,8% em idêntica base de comparação, tendo proporcionado faturamento de US$ 79,35 milhões.

Confiar que tanto o Brasil quanto Minas podem compensar perda de exportações junto a tradicionais parceiros na América Latina seria um grande engano. “Já temos problemas com a Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia. Não se espera que ocorra nada positivo em relação à Argentina em 2020”, diz o presidente da AEB. De fato, o comércio de Minas com a Argentina recuou 37,7% nos primeiros 11 meses de 2019, ao somar US$ 839,63 milhões. Houve queda nas exportações do estado não só para países que vivem turbulência, a exemplo da Venezuela e do Chile, mas ainda para Bolívia, Equador e Peru.



RECUO US$ 217,3 bilhões
É a previsão das exportações brasileiras em 2020, segundo 
estudo da AEB. A cifra representaria retração 
de 3,2% ante o resultado estimado para 2019


HealthBit
Chegou a Minas, com trabalho já de prospecção de clientes, a startup HealthBit, nascida em Campinas (SP) há quase cinco anos e que atende mais de 140 empresas no Brasil de todos os portes que oferecem planos de saúde a seus funcionários. A startup desenvolveu gestão eficiente da saúde na área corporativa, baseada em tecnologia de ponta (Big Data), capaz de reduzir os custos, e sustentada nos pilares corte drástico de despesas, mediante novo olhar sobre a saúde, e a busca de promoção do bem-estar dos funcionários, com ênfase na prevenção.

Outlet Juruaia
Capital da lingerie, a cidade de Juruaia, no Sul de Minas, lança amanhã o calendário da temporada do comércio para 2020, com previsão de crescimento em meio à onda otimista de recuperação da economia. Mais de uma centena de lojas de fábricas concederão, até dia 25, descontos de até 70% nos preços de peças de moda íntima, praia, fitness e pijamas. A promoção Outlet Juruaia pretende atrair 10 mil visitantes, entre lojistas e revendedores, com aumento de 20% das vendas. A programação deste ano inclui também os festivais Felinju e Festilingerie.
 
 

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