(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas ENTRE LINHAS

Partidos de centro rompem imobilismo para enfrentar Bolsonaro e Lula

Representantes de sete legendas começam a discutir nomes alternativas à polarização que já se apresenta para disputa presidencial de 2022


17/06/2021 04:00 - atualizado 17/06/2021 07:35

Ex-governador Ciro Gomes foi uma das grandes ausências no encontro partidário de centro-esquerda(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A.PRESS - 14/10/19)
Ex-governador Ciro Gomes foi uma das grandes ausências no encontro partidário de centro-esquerda (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A.PRESS - 14/10/19)


A busca de uma alternativa de centro para as eleições de 2022 reuniu ontem representantes de sete partidos, dando início às articulações para construção de uma candidatura robusta de centro. O perfil da reunião revela contradições que dificultam a convergência entre as forças de centro-esquerda e centro-direita do país, que terão que fazer concessões recíprocas. O compromisso firmado entre os partidos foi enfrentar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião foi articulada pelo ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que pleiteia a vaga de candidato do DEM.

Participaram do encontro ACM Neto (DEM), Mendonça Filho (DEM), Renata Abreu (Podemos), Bruno Araújo (PSDB), José Luiz Penna (PV), Aureo Ribeiro (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e Herculano Passos (MDB). Segundo o presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire, não houve discussão de nomes na reunião. O presidente do PSDB, deputado Bruno Araujo (PE), disse que o grupo busca construir nomes viáveis para uma terceira via, supostamente desejada por 58% dos eleitores, segundo pesquisas.

A reunião rompeu o imobilismo dos partidos políticos que ainda não têm candidaturas definidas à Presidência. A iniciativa, para surpresa geral, foi do DEM, um partido muito engajado no governo federal, no qual se destaca a ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (MS). A presença de ACM Neto e Mendonça Filho na reunião, ao lado de Mandetta, não somente prestigia a pré-candidatura de Mandetta, como sinaliza o possível desembarque da candidatura de Jair Bolsonaro. O presidente do PV, José Luiz Penna, é um dos principais articuladores da candidatura de Mandetta.

A presença da deputada Renata Abreu na reunião foi muito importante. A legenda hoje é uma potência no Senado, com uma bancada de nove senadores. Renata apostou na candidatura do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que optou pela carreira de consultor de risco na área jurídica. Com isso, ficou sem candidato para chamar de seu, embora ainda possa lançar o senador Álvaro Dias, que já concorreu à Presidência na eleição passada. Situação muito semelhante é a do Cidadania, que apostava na candidatura de Luciano Huck, que desistiu do projeto eleitoral e será o substituto de Fausto Silva nas tardes de domingo da TV Globo.

Grandes ausentes

O PSDB é grande interessado nessa articulação, mas não poderá oferecer nenhuma alternativa antes das prévias da legenda, marcadas para novembro, nas quais o governador de São Paulo, João Doria, é confrontado pelo governador do Rio do Grande do Sul, Eduardo Leite; pelo senador Tasso Jereissati (CE); e pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Enquanto não escolher seu candidato, a PSDB terá um papel secundário na articulação, mas é grande interessada em que as negociações prossigam.

Duas legendas mandaram representantes à reunião, o que sinaliza uma postura de observador. O presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi (PSDB), não foi à reunião, mas deu declarações apoiando a articulação. Anunciou que a legenda pretende apresentar um nome próprio como alternativa. O presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), também mandou representante. Também conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato do PDT, Ciro Gomes, legendas com tradição no movimento sindical.

Grandes ausências da reunião foram o PDT e Ciro Gomes; e o PSB, que está dividido entre o apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma candidatura de centro. A ausência do PSD também foi significativa. Seu presidente, o ex-prefeito Gilberto Kassab, tem a intenção de lançar um candidato próprio. A legenda também havia cortejado o apresentador Luciano Huck, mas agora busca atrair o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para ser candidato a presidente. Uma opção prata da casa é Otto Alencar (BA), que vem se destacando na CPI da COVID.



*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)