Conselho de Franqueados 4.0

O Conselho de Franqueados é um dos canais oficiais de comunicação na rede franqueadora. O maior objetivo desse Conselho é contribuir no caminho que a rede vai seguir, podendo sugerir políticas ou prioridades, sempre em caráter consultivo, com escuta atenta e trocas com o Franqueador, mas tendo claro que a decisão final caberá sempre ao Franqueador.

 

A aproximação que a sistemática de encontros do Conselho proporciona gera aumento do envolvimento dos Franqueados no negócio e mais transparência na relação. Sua existência não é imposta pela Lei de Franquias, a 13.966/19, mas é altamente recomendável para marcas que já tenham um número de unidades franqueadas que justifique essa representatividade.


Cada rede de franquia tem autonomia para estabelecer, em estatuto, a atuação do seu Conselho de franqueados. O ideal é que ele trate de questões macro, ou seja, comuns a toda a rede, abrangendo alguns tópicos, como parceiros comerciais, fornecedores, produtos, serviços e destinação do fundo de propaganda.

O Franqueado quer relacionamento, quer o Franqueador mais próximo, e o Conselho de Franqueados viabiliza esse anseio, o qual mostra a importância de sentir-se ouvido e valorizado. Ao mesmo tempo, essa abertura por parte do Franqueador mostra o desejo de evolução do relacionamento nessa parceria que é sucesso, afinal de contas, o franchising brasileiro vem crescendo consistentemente ano após ano nas últimas décadas.

Além disso, destaca-se o caráter motivacional do Conselho, o qual contribui efetivamente no engajamento de todos na busca de soluções por meio da participação e também composição de comitês temáticos ou por projetos.

O Conselho não deve interferir nas operações diárias dos franqueados, mas sim focar em questões estratégicas e de interesse coletivo. O sucesso depende da boa vontade das partes e do compromisso do franqueador em ouvir e responder às preocupações dos franqueados.

Este tema até bem pouco tempo atrás era um tabu, tema temido por muitas franqueadoras e só adotado em algumas grandes redes de franquias, com receio de que a união dos franqueados insatisfeitos derivassem para uma associação que pudesse ganhar força e autonomia na gestão do negócio. Mas recentemente, conversando com nossos sócios aqui no Grupo 300, apuramos como evoluímos em relação ao Conselho de Franqueados.

Algumas pautas tiveram bastante destaque nesta conversa, como por exemplo, ter um estatuto claro, prevendo todo o funcionamento e regras do conselho.

Neste estatuto de estar clara a quantidade de representantes por regional e porte, além de pontuar como eles podem ser eleitos para a função, uma sugestão é que apenas sejam elegíveis, os franqueados que melhor performarem no programa de excelência. Foi dito, também, que deve haver uma entrada anual de novos representantes e, com mandatos de 2 anos, para que possam aproveitar melhor o desenvolvimento de cada projeto proposto.

Assim, deve-se criar uma maior frequência de reuniões do Conselho para que as regras estejam bem claras para todos, incluindo os critérios transparentes de entrada e saída de conselheiros. O que entendemos é que deve existir, pelo menos, uma reunião por trimestre, sempre em forma presencial e com os custos subsidiados pela arrecadação das verbas de marketing.

Nestas reuniões do Conselho, os membros da franqueadora também devem sempre estar presentes. Para que as mesmas possam ser produtivas, é recomendável impor o limite máximo de até 12 membros. Eventualmente as reuniões podem ser transmitidas para toda a rede ao vivo, entretanto, todas reuniões devem ter pautas e atas, e sempre divulgadas na intranet da empresa.

Uma relação saudável e com regras claras entre franqueadores e franqueados é o alicerce do franchising 4.0.