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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Rodrigo Pacheco e o compromisso com a responsabilidade fiscal

Parlamentar eleito por Minas teve apoio de Bolsonaro e de partidos de esquerda


02/02/2021 04:00 - atualizado 02/02/2021 07:33

Rodrigo Pacheco obteve 57 dos 81 votos dos senadores(foto: AGÊNCIA SENADO)
Rodrigo Pacheco obteve 57 dos 81 votos dos senadores (foto: AGÊNCIA SENADO)

“Nós não podemos desconhecer que, a despeito do compromisso da responsabilidade fiscal e do teto de gastos públicos de índole constitucional, nós temos a obrigação de reconhecer um estado de necessidade no Brasil, que faz com que milhares de vulneráveis precisem de atendimento do Estado.”
 
Começou bem, ontem, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), antes mesmo de consumada a sua vitória na eleição do Senado Federal. Ele deixou claro que pretende negociar com o governo federal a continuidade do pagamento do auxílio emergencial em função da pandemia da COVID-19.
 
E como bom mineiro, mostrou argumento irrefutável, dando os números: “São mais de 220 mil pessoas mortas, milhares de famílias chorando”. E o comandante do Senado ressaltou a sua prioridade: “Vacina para todos os brasileiros de maneira imediata”.
 
Vale destacar um detalhe: Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) e Jaques Wagner (PT-BA) não compareceram à sessão de ontem por recomendação médica.

O próprio emedebista pernambucano explicou: “Acabei não embarcando, nesta manhã, para Brasília. Apresentei sintomas gripais e fui orientado a não viajar, o que impedirá minha participação na eleição”. Nem precisa pedir desculpa. Nos dois sentidos, para deixar mais claro ainda.
 
Pertinho das 19h, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que ainda presidia a Mesa Diretora, proclamou o resultado oficial em números da vitória de Rodrigo Pacheco: o placar foi 57 a 21 votos a seu favor. E Alcolumbre, como não poderia deixar de ser, depois dos elogios passou o bastão para o mineiro, agora oficialmente presidente do Senado.
 
O resultado da eleição representa importante vitória política para o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (ainda sem partido), que se empenhou pessoalmente na campanha do parlamentar democrata. E foi em um momento de forte pressão sobre o governo federal. Bolsonaro bateu o pé e agora tem direito a levar os louros.
 
Já o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, completou para o presidente. “Ao lado, vale repetir, do presidente Bolsonaro, acompanhei o desenrolar de um processo legítimo e democrático na tarde de hoje. É com base nesses princípios que seguiremos articulando em busca do desenvolvimento do nosso país!,”

Quem venceu

“Alguns atores faziam de tudo para destruir pontes. Eu fiz de tudo para construir pontes. Sei que tenho o reconhecimento de ter sido até hoje um presidente da pacificação, da união, do entendimento. Não tenho dúvidas de que a ciência, que agora conta com a tão almejada vacina, vencerá o vírus; a prudência vencerá a perturbação; e a racionalidade vencerá o obscurantismo.” Começou assim o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na abertura do ano judiciário. E fez questão de lembrar os ataques cibernéticos sofridos por diversos tribunais superiores. É o suficiente.

E teve ciência

Além de Fux, estavam presentes no plenário apenas os ministros Nunes Marques, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Entre os convidados de honra, estavam presentes o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e ainda o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A propósito, o chefe da OAB destacou: “O país começa a respeitar ares de esperança com a chegada das vacinas; registro aqui minha homenagem aos cientistas”. E fez questão de acrescentar, com toda razão, que a ciência muitas vezes trabalha sem condições financeiras e políticas adequadas.

O barraco

“Vossa Excelência está atropelando”, disse irritado e com direito a bater na mesa. É Rodrigo Maia cobrando respeito: “Você não está em Alagoas, não bata na mesa”. Arthur Lira, por sua vez, também manteve o tom e comprou a briga: “E você não está no morro do Rio de Janeiro”. Tudo começou quando o PT alegou problemas técnicos para registrar apoio a Baleia Rossi e, por causa disso, teria perdido o prazo, que se encerrava às 12h. E virou bate-boca com os apoiadores de Arthur Lira (PP-AL) contra os defensores de Baleia Rossi (MDB-SP).

Voto do dia

E passa por Minas Gerais. É o da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica. Em 20 de agosto de 1994, Mara Gabrilli sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Só que ela deu a volta por cima. Basta o registro de que ela foi a relatora da Lei Brasileira de Inclusão dos direitos das Pessoas com deficiência. O fato é que na votação da eleição para o comando do Senado, foi Antonio Anastasia (PSD-MG) (foto) quem levou a cédula para ela, para evitar que ela pudesse dar o seu voto sendo obrigada a passar pelo plenário. A propósito, Anastasia deixou ontem o cargo de 1° vice-presidente do Senado.

Histórico

A posse da Mesa Diretora da Assembleia de Minas para o biênio 2021-2023 reuniu não só as principais autoridades do estado, ontem, na sede do Legislativo, como também um apanhado do protagonismo político de Minas no cenário nacional. No discurso, firme e diligente, em tom estadista, o presidente reeleito, deputado Agostinho Patrus, relembrou de Filipe dos Santos a JK, passando pela Inconfidência Mineira e seu mártir Tiradentes. E destacou: “A economia é um dos pilares do desenvolvimento e a sua centralidade não está no capital, e sim no ser humano”.

Pingafogo


  • Em tempo: a inspiração ao retomar Juscelino Kubitschek (foto) e a revolução do desenvolvimento nacional, Agostinho Patrus destacou que “o desenvolvimento que precisamos não encontra seus limites no crescimento econômico”, ao se referir ao setor social presente em suas intervenções.

  • E tem mais: “O Parlamento tem seus ritos, prazos e liturgias. Não existe fast-track para o processo legislativo, sob pena de restar prejudicado o que ele tem de mais basilar: o debate democrático”, reforçou o presidente reeleito. Tudo isso para ressaltar a independência da ALMG.

  • Claro que o presidente comemorou: “Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/23”, publicou Bolsonaro em suas redes sociais. É, fez questão do papel. Deixa pra lá.

  • Os detalhes sobre a eleição do comando da Câmara dos Deputados ficaram para hoje. Afinal, ela entrou madrugada adentro. E será a última do Rodrigo Maia (DEM-RJ), que, ao contrário do Senado, vai ficar no chão do plenário.

  • Sendo assim, melhor encerrar de uma vez. Os últimos capítulos da novela ficaram para hoje. Tenham todos um bom dia, afinal, a semana ainda promete muitas controvérsias. Tenham todos um bom dia. Tomara que dê.

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