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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Monopólio de Gilmar Mendes na política com novo ataque aos militares

Ministro do Supremo Tribunal Federal voltou a criticar a situação do Ministério da Saúde


postado em 15/07/2020 04:00 / atualizado em 15/07/2020 06:53

Gilmar Mendes fez duras críticas à atuação de militares sem competência médico no ministério(foto: FELIPE SAMPAIO/SCO/STF)
Gilmar Mendes fez duras críticas à atuação de militares sem competência médico no ministério (foto: FELIPE SAMPAIO/SCO/STF)


Melhor começar com o domingo. Teve mais antes, mas deixa pra lá. “No aniversário do projeto que leva o nome de Rondon, grande brasileiro notabilizado pela defesa dos povos indígenas, registro meu absoluto respeito e admiração pelas Forças Armadas brasileiras e a sua fidelidade aos princípios democráticos da Carta de 88”.
 
A declaração é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Ele acrescentou: “Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs (Forças Armadas) e da saúde do Brasil”.
 
Chega de passado. O fato é que nem o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, tentando colocar panos quentes diante das divergências criadas por Gilmar adiantou. Ele desafiou: “O Supremo não disse que os estados eram responsáveis pela saúde, mas, sim, que é uma competência compartilhada, como está no texto constitucional. Mas o presidente se esquece desta parte e diz sempre que a responsabilidade seria do Supremo e dos estados”.
 
E teve mais: “Se o que se quer é mostrar isso do ponto de vista político, é um problema. E isso acaba sendo um ônus para as Forças Armadas”. Percebeu o detalhe? O ministro Gilmar Mendes nem citou o nome do presidente, que completo é Jair Messias Bolsonaro. Com o presidente cumprindo quarentena por causa do coronavírus, quem entra em cena para tentar apaziguar é o vice-presidente e general Hamilton Mourão (PRTB). “Não acho que é o momento agora. Espera a pandemia arrefecer, aí troca. Eu vejo que a pandemia começa a apresentar menores graus de letalidade”
 
E o próprio Mourão destacou que “em locais onde houve um avanço muito rápido, como São Paulo, Rio, Manaus, Belém, ela começa a retrair. Ela está avançando nas áreas onde o inverno chegou conjugada com doenças respiratórias, então aquelas desigualdades regionais elas surgem neste momento”. Sensatez pouca não é bobagem, muito antes pelo contrário.
 
O último registro sobre o ministro Gilmar Mendes fala por si: “É do foro íntimo dele (se desculpar). Se tiver grandeza moral, ele fará isso, corrige o que falou. A nota nada tem a ver. É muito simples, ele chega e diz assim: Olha, eu usei um termo forte para me referir ao papel que o ministro Pazuello está realizando aí no Ministério da Saúde, pronto, acabou, encerra o assunto”.

O sr. presidente

Luís Miranda (Bloco/DEM–DF), presidindo a sessão: Com a palavra agora o deputado Márcio Jerry (PCdoB–MA), grande líder. Boa tarde, presidente, colegas deputados e deputadas, internautas e todos aqueles que assistem neste momento a mais uma sessão da Câmara dos Deputados. “Aproveito, presidente, para fazer um convite especial a V. Exa. Quando passar a pandemia, por favor nos dê a honra de vir aqui à nossa Ilha do Amor, São Luís do Maranhão (falha na transmissão) não conhece a ilha, esta bela capital do nosso país. Será um prazer recebê-lo aqui em nossa querida São Luís”.

O solidário

Boa tarde, sr. presidente. Boa-tarde, colegas, boa-tarde, internautas. Começou assim o deputado Paulão (PT–AL). “Primeiro, prestar solidariedade aos familiares das mais de 70 mil pessoas vítimas da COVID-19. Ao mesmo tempo em que presto solidariedade, como disse o companheiro Padre João, deixo minha indignação. Qualquer ser humano no mundo sabe que esse processo de ter mais de 70 mil mortes é maior do que qualquer guerra que já tivemos no Brasil”. Bastaria, mas teve mais: “Faço esse destaque, porque estou vendo um falso debate tentando criminalizar o ministro do Supremo Gilmar Mendes. Tenho divergências com ele, mas quero dizer que, quando fez a crítica como cidadão, é porque está indignado diante da falta de coordenação do governo”.

O outro lado

The dark side of the moon (foto) is a concept album that discusses the philosophical and physical ideas that can lead to a person's insanity, and ultimately an unfulfilled life. Ou seja: The dark side of the moon é um álbum conceitual que discute as ideias filosóficas e físicas que podem levar à insanidade de uma pessoa e, finalmente, a uma vida não realizada. Anda inspirada a Polícia Federal (PF) com a trilha sonora do Pink Floyd, uma banda de rock progressivo, da operação que envolveu o deputado federal Paulinho da Força Sindical (SD–SP).

Antes tarde

“Segundo boletim médico a ema passa bem”, registrou o leitor Niemeyer Franco. Foi em referência ao presidente Jair Bolsonaro ter sido atacado por uma ema quando tentava alimentar os animais, segunda-feira, no Palácio da Alvorada. A imagem da “bicada” foi captada por fotógrafos e cinegrafistas. Dezenas de emas ficam no gramado em frente ao palácio, protegidas por um fosso que separa a edificação da área a que visitantes têm acesso. Vale um registro literário: A revolução dos bichos (Animal farm) é um romance satírico do escritor inglês George Orwell, publicado no Reino Unido em1945 e destacado pela revista Time entre os cem melhores da língua inglesa.
 

Aos combatentes

A matéria será enviada à sanção do presidente da República, ou seja, foi aprovado o projeto de lei que prevê o pagamento pela União de compensação financeira de R$ 50 mil aos dependentes de profissionais e trabalhadores de saúde mortos pelo novo coronavírus ao atuar diretamente no combate à pandemia da COVID-19. O parecer favorável do deputado Mauro Nazif (PSB–RO) decidiu incluir o que constava do Projeto de Lei 1826/2020 da deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) e de Reginaldo Lopes (PT-MG). O relator Nazif destacou: “Vitória para os parentes dos profissionais vitimados”.

PINGA FOGO

  • A concessão da indenização aos parentes de profissionais estará sujeita a avaliação de perícia médica realizada por servidores da carreira de perito médico federal e será devida mesmo se a incapacidade ou morte ocorrer depois do fim do estado de calamidade pública ou anterior à publicação da futura lei.

  • Entendeu? Nem eu! Melhor explicar: A presença de comorbidades não afasta o direito ao recebimento da compensação financeira. A indenização poderá ser concedida mesmo que a COVID-19 não tenha sido a única causa.

  • O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou, em pronunciamento ontem, que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) adotou postura ideológica ao manifestar-se contrariamente ao uso da hidroxicloroquina por pacientes em estágio inicial de sintomas da COVID-19.

  • Para o senador de primeiro mandato, isso mesmo, Girão (foto) é estreante, “a resistência em relação ao medicamento talvez se justifique pelo seu baixo preço ou pelo fato de o presidente Jair Bolsonaro ter recomendado o seu uso”.

  • Ficamos assim por hoje, deixe de lado a estreia de Eduardo Girão pra lá. Afinal, a disputa entre Mourão e Gilmar Mendes ainda promete novos capítulos. Bom-dia a todos. E vale a hashtag, se puder, fique em casa.

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