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Estado de Minas EM DIA COM A POLíTICA

A Segredo de Midas e um bilhão de reais

Luiz Fux, do STF, pediu esclarecimentos depois de o PDT apresentar ação no tribunal contra a destruição de mensagens obtidas nas invasões dos celulares


postado em 09/08/2019 06:00 / atualizado em 09/08/2019 08:21

(foto: Pedro Franca Agencia Senado)
(foto: Pedro Franca Agencia Senado)

“Esclareço que este ministro da Justiça e Segurança Pública não exarou qualquer determinação ou orientação à Polícia Federal para destruição do material ou mesmo acerca de sua destinação, certo de que compete, em princípio, ao juiz do processo ou ao próprio Poder Judiciário decidir sobre a questão, oportunamente.” A frase é do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Não é erro de digitação, é a defesa dele próprio.
 
O ministro Luiz Fux, do STF, pediu esclarecimentos depois de o PDT apresentar uma ação no tribunal contra a destruição de mensagens obtidas nas invasões dos celulares. “Evidente, porém, que a decisão quanto a ele competirá à autoridade judicial com oitiva e participação das partes do processo, e não do ora subscritor”. É Sérgio Moro de novo.
 
Já que a ação contra Moro é movida pelo PDT, vale o registro de que, em Minas Gerais, chumbo trocado não dói. Uma homenagem ao ex-presidenciável Ciro Gomes em Montes Claros foi barrada na Câmara Municipal da cidade. Ela tinha sido apresentada pelo vereador Raimundo Pereira, ou melhor, Raimundo do INSS, que é pedetista. Só que os seus colegas acataram o desagravo das redes sociais que citavam, entre outros, tweets como “Ciro não. Vereadores, tenham dignidade. Corrijam este erro absurdo”.
 
Melhor então mudar de partido, embora o PDT tenha se juntado ao PT para reclamar do relator Cacá Leão (PP–BA), diante do corte previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que chega a R$ 926,5 milhões nas despesas, isso mesmo, praticamente um bilhão de reais. Diante disso, o líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Cláudio Cajado (PP-BA) deixou para definir na semana que vem. Adiou, simples assim.
 
Quem também não estava em um dia digno de comemoração, muito antes pelo contrário, foi a família de Eike Batista, o milionário alvo da Operação Segredo de Midas, com nome sempre inspirado das investidas feitas pela Operação Lava-Jato. Para deixar claro a família, é que estão incluídos também os seus filhos, Thor e Olin. Melhor nem falar do personagem das histórias em quadrinhos de Thor. Ihh! Falei.

Agora vai!
(foto: Clarissa Barcante/ALMG %u2013 4/8/19)
(foto: Clarissa Barcante/ALMG %u2013 4/8/19)
 
Já está definido. Na quarta-feira que vem haverá no Salão Nobre da Assembleia Legislativa (ALMG) uma reunião liderada pelo presidente da Casa, Agostinho Patrus  (PV), para começar a definir o Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais, que será elaborado pela Fundação Dom Cabral. O anúncio foi feito pelo deputado João Leite  (PSDB), presidente da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias mineiras, Daí pretender colocar nos trilhos com a presença já confirmada do secretário de Estado de Infraestrutura, Marco Aurélio Barcelos, do advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa e ainda de representantes da MRS Logística e da Vale, além, é claro, dos demais parlamentares integrantes da comissão.

Sem patriotismo
A notícia é que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está apreensivo e teme de fato o avanço da reforma tributária. No meio do caminho, pelo jeito do que ele diz, “o governo não tem base, quem construiu a reforma da Previdência fomos nós. Mas não é a base do governo.” E deixou ainda mais claro: “O patriotismo na reforma tributária não é o mesmo da Previdência. Tem setores que vão ter que colaborar mais e não querem. Na reforma previdenciária, os empresários são menos atingidos”. Pode até parecer má vontade, mas não é. Nem precisava, mas o fato é que o medo é aumento de impostos.

Future-se
É o nome do programa do Ministério da Educação (MEC), mas a União Nacional dos Estudantes (UNE) pretende é trazer de volta às ruas o abaixo a repressão, aquela expressão frequente nos protestos da época da ditadura. A notícia de fato trata é do movimento contra os cortes na educação, em defesa da autonomia universitária e contra o projeto Future-se do MEC. Aquele do ministro da Educação, Abraham Weintraub, embora ele garanta que, apesar do contingenciamento de recursos da pasta, “nada vai ser afetado, nenhum serviço será atingido”.

Volte ao passado
E o ministro Abraham Weintraub garante que está “administrando uma situação de crise deixada por governo passado”. Diante da terceirização, que tal voltar a 1968, o ano que entrou para a história, quando a juventude se rebelou em todo o mundo e protagonizou uma revolução cultural e nos costumes. E incluiu o Brasil, quando a ditadura militar implantada em 1964 endureceu o regime e reprimiu, prendeu, e por aí vai diante das manifestações, que culminaram até em morte, como foi o assassinato do estudante Edson Luís de Lima Souto pela Polícia Militar.

O torturador
“Não tive muito contato, mas tive alguns contatos com o marido dela enquanto estava vivo. Um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer” A frase é do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio Alvorada e falou sobre almoço marcado com a viúva Maria Joseíta Silva Brilhante Ustra. Que fique claro: Carlos Brilhante Ustra (1932-2015) é o único brasileiro declarado pela Justiça torturador na ditadura por institucionalizar a tortura no Brasil quando era do DOI-Codi.

pingafogo

Em tempo sobre os registro do MEC. Teve terceirização do ministro da Educação Abraham Weintraub: “A gente está administrando uma situação de crise deixada por governo passado. Nenhum serviço será atingido”.

Mais um, ainda no MEC: o ministério anunciou ontem o envio para a Polícia Federal de informações sobre indícios de sabotagem em portais da Pasta. Entre os afetados, estão o ProUni, o Fies e o Sistema Presença, o que usado para o pagamento do benefício do Bolsa-Família.

O Corpo de Bombeiros não é rápido apenas para salvar vidas. Já tinha um Ibope danado, mas subiu ainda mais na pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Ela registra um aumento de 6 pontos percentuais em relação a outras instituições do país.

E se consolida diante da tragédia em Brumadinho, que elevou o índice de confiança na Corporação em todo o Brasil e também no exterior, diante da atuação dos bombeiros mineiros na força-tarefa de ajuda humanitária em Moçambique, na África.

O slogan dos bombeiros é O amigo certo nas horas incertas! Sendo assim, com direito ao negrito, o jeito é ficar por aqui com uma boa amizade. Afinal, anda difícil encontrar uma boa notícia para encerrar. Hoje tem.

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