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Quase tudo em ordem em sessão esvaziada

Álvaro Dias deu números: a Operação Lava-Jato em cinco anos e só na primeira instância decretou 285 condenações que juntas somam mais de 3 mil anos de prisão


postado em 28/05/2019 06:00 / atualizado em 28/05/2019 08:45

(foto: Reprodução Instagram)
(foto: Reprodução Instagram)

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que, por causa do pequeno avião em que estava o cantor Gabriel Diniz, as notícias políticas de ontem aproveitaram e não levantaram voo. O acidente monopolizou tudo. No Senado, os ocupantes da tribuna de sempre. A única novidade, alunos de uma escola, crianças devidamente de uniforme, para assistir os discursos, poucos, no plenário vazio. Com os senadores de sempre. Que aula, hein!

Um dos frequentes, o senador Eduardo Girão (Pode-CE) qualificou as manifestações de domingo como um movimento altamente legítimo. Destacou a forma ordeira e pacífica, e definiu como Pauta Brasil as demandas apresentadas pelos manifestantes.

E voltou o senador Girão, para deixar claro, ao seu tema de sempre: “se esta casa aqui é investigada, tem que ser investigada, a Câmara dos Deputados também tem que ser investigada, presidente da República investigado, todo mundo, faz parte do processo. Mas por que o Supremo Tribunal Federal, por exemplo, não é investigado? Por quê? Está acima da lei? O que está acontecendo? A limpeza não pode ser pela metade...”

O resto é resumo, Álvaro Dias (Pode-PR), tratou da convocação das manifestações de domingo pelo país afora, pedido atenção a elas. “Este é o nosso dever, aqueles apoiaram, aqueles que foram às ruas país afora pedindo mudanças”. E deu números: a Operação Lava-Jato em cinco anos e só na primeira instância decretou 285 condenações que juntas somam mais de 3 mil anos de prisão, incluindo um tantão de ex-, ex-ministro, ex-governador, ex, ex, ex... Isso mesmo, a lista cresceu com os que não se reelegeram. E ela inclui até ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), o mais recente, que o diga.

De volta a Eduardo Girão, além de ressaltar que “temos que ouvir o grito das ruas”, citando o Top five das notícias sobre a política nacional e incluiu a CPI da Lava Toga, a reforma da Previdência, o fim do foro privilegiado, a prisão em segunda instância e, embora em uma minoria, chegando até a pedir o fechamento do Supremo Tribunal, do Congresso, etc, etc e tal e por aí vai.

Anda com saudades de Bolsonaro? Há de tudo e mais um pouco quando se trata dele, ainda mais depois se persistirem o desejo de novas manifestações públicas de um lado e de outro, a favor ou contra. Melhor os analistas explicarem em pequenos trechos. “Armadilha diante de governo frágil”, “Congresso não foi pressionado”, “É contraproducente”, “governo frágil de novo”, “perda de espaço midiático”.

Um verdadeiro estojo de lápis de cores: verdes, vermelhos, amarelos, roxos (sem citar de raiva)... E por aí vai. Melhor encerrar
por hoje.

No comando
O detalhe é o comandante. Mas já que a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher tinha sido marcada pelas desigualdades sociais – o aumento delas para ficar mais claro –, na audiência pública na Assembleia Legislativa (ALMG), melhor dar um desconto à deputada Andréia de Jesus (Psol). Afinal, o tema é mesmo atual e pertinente. Mas quanto ao detalhe, a notícia do site oficial não mente. E começa assim: “a reforma da Previdência proposta pelo governo federal, comandado por Jair Bolsonaro (PSL)...” Se as justificativas do governo para “legitimar as mudanças são mentirosas”, melhor acompanhar o que ressaltam as convidadas.

Na Petrobras
Fachin, sempre Edson Fachin. Desta vez, o alvo foi a decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha. “A dispensa de licitação só pode ser aplicada à venda de ações que não importem a perda de controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas” foi o argumento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Se na calculadora aparece em dólares US$ 8,6 bilhões ou R$ 33 bilhões em reais, é melhor mesmo ser prudente.

Eu me amo
O Governo do Estado de Minas Gerais está construindo um grande programa voltado para a melhoria dos serviços públicos que tem como frentes de atuação... E cita algumas frentes de atuação. “Para nós o ganho será gigantesco”. É o governador Romeu Zema (Novo) ao assinar protocolo de intenções com o general Juarez Cunha, presidente dos Correios em parceria com o Balcão do Cidadão Correios. “O governo está comprometido em fazer deste acordo uma referência para outros estados”, pontuou. Se na notícia oficial ele fala em “pontuou”, ponto final.

Para ser justo
As convidadas da audiência pública fizeram questão de salientar que, se a reforma for aprovada, todas as desigualdades serão ampliadas, sejam elas de classe social, de gênero ou de raça. Faz sentido, ainda mais com a dupla jornada das mulheres. A coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado, Ângela Maria da Silva Gomes destacou ainda que as mulheres da raça negra são maioria no mercado informal de trabalho, o que dificulta que alcancem o mínimo de 20 anos de contribuição para aposentar.

Até Nero!
Na pequena sessão que houve no Senado, como já citado, o nome do dia veio da Roma Antiga. Quem trouxe foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Há controvérsias históricas, mas o parlamentar brasileiro pegou carona no imperador Nero e, sem tocar uma cítara, comparou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) a ele, que teria colocado fogo em Roma e pôs a culpa nos cristãos. “O presidente da República precisa se comportar com a sobriedade que o cargo exige”, fez assim o resumo o parlamentar da Rede.

PINGAFOGO

A má ideia, aquela dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador (BA) e que envolve o deputado federal Lúcio Vieira Lima e seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima volta ao noticiário.

É mais um despacho ontem do ministro do Supremo, Edson Fachin, ao enviar para o seu colega ministro Celso de Mello os autos da denúncia, já que ele é o revisor. Se os crimes são de lavagem de dinheiro e associação criminosa, boa ideia envolvendo R$ 51 milhões não foi.

Dizem que eu sou fascista e genocida. Mas a polícia não atira em bar, a polícia não mata pessoas inocentes. A polícia vai para o confronto quando é necessário. Registro sobre o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Já que é um socialista cristão, melhor dar um desconto. Afinal, foi quando ele esteve na solenidade de abertura da 5ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, organizada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ). Melhor conciliar mesmo.

Por fim, o vice-presidente Hamilton Mourão esteve no Monumento Votivo Militar de Pistoia. Para que fique claro de uma vez, o monumento é onde está um antigo cemitério de soldados do Brasil. É aquele do Monte Castelo e dos heróis da Segunda Guerra Mundial.

 

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