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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

A escadinha para o fim do desarmamento

"Dizem que ele é o Donald Trump da América do Sul. Acreditam? Estou contente com isso! Se não estivesse, não gostaria tanto daquele país, mas eu gosto"


postado em 16/01/2019 08:10 / atualizado em 16/01/2019 08:12

Mais armas, mais mortes, mais suicídios, mais crimes, mais acidentes domésticos, mais insegurança e mais, muito mais controvérsias. Na dança de estatísticas envolvendo armas de fogo e criminalidade, cada um escolhe os dados que sustentam a própria opinião, ou o que for mais conveniente para saciar a sede dos adeptos que cobram a promessa feita na campanha eleitoral, aquela da facada que ele próprio levou.

“Como o povo soberanamente decidiu por ocasião do referendo de 2005, para lhes garantir esse legítimo direito à defesa... Eu, como presidente, vou usar esta arma”, disse Bolsonaro. E fez questão de mostrar a sua caneta ao assinar o decreto que facilita a posse de armas. Pena que ela não estava sem tinta. Seria bem melhor que isso acontecesse.

Art. 1º O Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações… Basta o inciso VIII – na hipótese de residência habitada também por criança, adolescente ou pessoa com deficiência mental, apresentar declaração de que a sua residência possui cofre ou local seguro com tranca para armazenamento.

Ainda bem que, pelo menos por enquanto, é apenas um decreto. Jair Bolsonaro deve ter se inspirado no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais uma vez. Afinal, o norte-americano já repetiu várias vezes que a “segunda emenda jamais será revogada”. É aquela que está em vigor desde 1787.

A propósito, “dizem que ele é o Donald Trump da América do Sul. Acreditam? Estou contente com isso! Se não estivesse, não gostaria tanto daquele país, mas eu gosto”. Quem disse isso, com direito à conjunção adversativa? Trump, óbvio. E a declaração é recente, foi em discurso segunda-feira.

“Por anos, a pergunta é: há algum benefício de segurança pública no direito de carregar armas?. E isso agora está claro. A resposta é não” – John Donohue, Stanford Law School, uma escola de pós-graduação profissional da Universidade de Stanford, localizada no Vale do Silício, perto de Palo Alto, Califórnia.

“The purpose of this essay is to provide a foundation for understanding the ‘Great American Gun War’ and to consider the next steps that could be taken in the search for an effective gun-control policy”. O ensaio é focado em fornecer uma base para entender a Grande Guerra Armada Americana e considerar quais são os próximos passos para um efetivo controle das armas com uma política definindo isso.

É a proposta do ensaio, não custa repetir. Se tem Grande Guerra… Tradução simultânea: “Senhor bandido, espera aí que eu vou buscar meu revólver no cofre”.

Pro espaço
Duas informações importantes: José Raimundo Braga Coelho foi pro espaço. Mario Neto Borges não inovou e também. Brincadeira à parte, a notícia de fato é: foram exonerados, já com a devida publicação no Diário Oficial da União (DOU), os presidentes da Agência Espacial Brasileira e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Bem, quem exonerou estava em sua praia. Foi o astronauta Marcos Pontes, titular do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

O “avanço”
“Comércio em Minas Gerais avança 1,5% em novembro” é o título da boa notícia que vem do IBGE – “Informe Nº 003/2019 Supervisão de Documentação e Disseminação de Informações de Minas Gerais – SDI/MG. Na mesma informação oficial do IBGE, há o ranking como se pode observar no Gráfico 1”. Sendo assim, o “avanço” mineiro ficou em 21º lugar entre todos os 27 estados, com o devido ajuste sazonal. É duro de aguentar.

Debiloide
É briga boa e promete vários rounds. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que tenta voltar ao comando do Senado, passou recibo de que o voto aberto pode minar por completo a sua pretensão. Como é do seu estilo, não mediu palavras em ataque ao procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). Renan postou no Twitter sobre Dallagnol: “Ele continua a proferir palavras débeis, vazias, e com interesse político, como um ser possuído”.

Faroeste
A bancada da bala na Câmara dos Deputados não pretende perder tempo para aprovar, além das armas em casa, a possibilidade de quem quiser andar armado. Isso mesmo, passear nas ruas como se estivesse em um faroeste. Tanto que a tal bancada irritante inclui ainda a possibilidade de extinguir por completo o Estatuto do Desarmamento. O projeto já está lá desde 2012. O autor é Rogério Peninha (MDB-SC). Pena que ele se reelegeu. Ah! E ele tem ainda o apoio do Major Olímpio (PSL-SP), que é deputado e se elegeu senador ano passado. Claro que com o apoio de Bolsonaro.

Esta é nova
Uai! A máxima não era futebol e política não se misturam? Pelo jeito, mudou. Agora é futebol e economia se misturam sim. Trata-se da possível parceria público-privada (PPP), que é firmada entre uma empresa privada e os governos federal, estadual ou municipal. Não sei o que os torcedores que gostam do caldeirão do Horto, no Independência, vão achar. Mas foi no evento “Futebol, gestão e inovação”, promovido em parceria entre Federação Mineira de Futebol (FMF) e a Minas Arena.

PINGAFOGO

Ainda sobre o procurador Deltan Dallagnol, o senador Renan Calheiros destacou a decisão do ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que autorizou a eleição secreta no Senado: “Inexiste necessidade de controle externo sobre a forma de votação”.

Será que a união faz a força? As centrais sindicais, leia-se em sopa de letrinhas, CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP/Conlutas, Intersindical e CGTB, se uniram contra a reforma da Previdência.

Para que fique claro, todas elas fizeram questão de reafirmar a posição contrária diante de qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública. É, se estão todas juntas, o que é raro, vai complicar.

Já sobre a nota tratando do faroeste, me engana que eu gosto os que acham que o primeiro passo na questão do fim do desarmamento não foi propósito. Pode escrever, a escadinha foi montada de fato pelo próprio atual presidente da República.

“Essa parafernália que inferniza a vida da gente.” A frase é do ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, sobre o desarmamento. Se o tiro, ops, a facada que Bolsonaro levou para nada serviu, o jeito é encerrar por aqui.

 

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