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Estado de Minas COLUNA

Eleição no Congresso abre perspectivas de grande mudança para 2022

Arthur Lira e Rodrigo Pacheco se destacam pela diplomacia e pelo diálogo, respectivamente


10/02/2021 04:00 - atualizado 10/02/2021 09:56

Arthur Lira sucede a Rodrigo Maia no comando da Câmara, sem o radicalismo deste(foto: Cléia Viana/Câmara dos Deputados)
Arthur Lira sucede a Rodrigo Maia no comando da Câmara, sem o radicalismo deste (foto: Cléia Viana/Câmara dos Deputados)

Nestes quase 45 anos de Brasília, cobrindo 23 escolhas de presidentes da Câmara e do Senado, não me lembro de ter visto uma eleição que trouxesse tanta perspectiva de mudança, incluindo peso na próxima eleição presidencial.

Os dois antecessores contribuem para que se tenha a sensação de mudança da água para o vinho, nestes primeiros dias de nova administração na Câmara e no Senado. Com a pandemia e o país à espera de soluções legislativas urgentes, Maia e Alcolumbre, nesses meses de campanha para permanecer na presidência, só viam os próprios interesses. Pacheco e Lira mostram o oposto.

Como num toque de mágica, matérias importantes recebem um levanta-te e anda! O radicalismo de Maia é substituído pela diplomacia de Pacheco e o diálogo de Lira. Juntos, assumem compromisso com o país e exorcizam a disputa por vaidades. Sobretudo, põem em prática a harmonia entre os poderes, conversam sem restrições com ministros e com o chefe do Executivo.

Levanta-se a autonomia do Banco Central que dormitava na Câmara e é tratada com urgência; as reformas administrativa e tributária são religadas; no quadragésimo primeiro dia do ano, vai se instalar a Comissão Mista do Orçamento de 2021 – incrível descaso movido pela sede de poder. Acerta-se com o Executivo um rol de prioridades; garantem-se mudanças legais que sejam necessárias para atender a mais gastos sociais com a pandemia.

A maioria parlamentar se reencontrou, na eleição em que os vencedores fizeram mais que o dobro de votos do segundo colocado. Na Câmara, o placar sepulta a esperança dos derrotados em 2018 de buscarem o tapetão do impeachment. Os resultados de 1º de fevereiro de 2021 já se projetam para 2 de outubro de 2022.

Percebendo o rumo dos acontecimentos, Doria convida Maia para o PSDB, mas FHC reconhece que resultado na Câmara é um adeus à ideia de evitar reeleição; Lula se apressa e indica Haddad de novo e a esquerda se divide, pois também tem Ciro e Boulos. Se a harmonia produtiva entre Legislativo e Executivo durar 20 meses, não haverá surpresa em 2022.

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