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Já são quase 100 mortos

Novo levantamento do Ministério da Saúde aponta primeiros óbitos no Paraná. Total de casos confirmados chega a 3.417, a maioria no Sudeste


postado em 28/03/2020 04:00


O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, divulgaram os novos números(foto: MARCELO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL)
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, divulgaram os novos números (foto: MARCELO CASAL JR./AGÊNCIA BRASIL)




O número de mortes por coronavírus no Brasil chegou a 92. Em boletim divulgado ontem, o Ministério da Saúde aponta 3.417 casos confirmados da doença no país. O levantamento anterior apresentava 77 óbitos, portanto, em 24 horas, houve aumento de, aproximadamente, 19%. O boletim de sexta-feira registra duas mortes no Paraná, onde, até então, não havia nenhum óbito relacionado à COVID-19. São Paulo segue sendo o estado em situação mais crítica, com 1.223 casos e 68 mortes. O Rio de Janeiro é o segundo mais afetado, com 493 diagnósticos e 10 mortes.

O Sudeste é a região com mais contaminações: ao todo, são 1.952. O Nordeste, por sua vez, tem 593 — 16% do total de todo o país. Pernambuco tem a maior taxa de letalidade do Brasil — 7,1%, contra 2,7% da média nacional. Das 56 pessoas diagnosticadas no estado, quatro morreram. A Região Sul tem 463 casos e cinco mortes: duas no Paraná e no Rio Grande do Sul e uma em Santa Catarina. O Centro-Oeste, embora seja a região menos populosa do Brasil, não é a que aparece com menor número de diagnósticos. Por lá, são 318 casos, enquanto, no Norte, foram confirmados 145.

Em 24 horas, houve o registro de 502 novos casos. O número é maior que as variações ocorridas entre quarta e quinta-feira e, ainda, entre terça e quarta. A oscilação se deve à quantidade de testes que cada estado dispõe. 

Recomendações mantidas  

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse, ontem, que a pasta não vai alterar as recomendações para evitar a proliferação do vírus. Mesmo com as críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao distanciamento social, João Gabbardo — embora tenha evitado tratar diretamente das declarações do chefe do Executivo — reiterou a importância da restrição à circulação de pessoas. Bolsonaro defende o isolamento apenas aos grupos de risco e às pessoas com sintomas da doença.

“Não vejo nenhum sentido nisso [modificar as recomendações do ministério]. Não existe essa hipótese. Não faremos nenhuma análise do discurso do presidente, mas as recomendações que estão sendo dadas não modificam em nada as orientações do Ministério da Saúde. Pacientes com sintomas, seus familiares, doentes crônicos e idosos devem ficar em isolamento. Todos nós devemos reduzir a circulação para evitar aglomerações”, comentou.

Ele, no entanto, se recusou a comentar a polêmica campanha “O Brasil não pode parar”, veiculada pelo governo federal. As peças publicitárias incentivam os cidadãos que estão em quarentena a abandonar o isolamento e retomar a rotina. O secretário-executivo comparou a situação vivida pelo Brasil a um incêndio. Segundo o secretário-executivo, o papel da pasta é salvar vidas.

medicamento 

A OMS tem recomendado cautela quanto ao uso do medicamento, anunciado, no sábado, por Bolsonaro, como solução para os infectados. No Brasil, o medicamento está liberado para tratar casos graves. “Não foi por recomendação de ‘A’ ou ‘B’ ou por imposição da OMS. Por uma avaliação técnica feita pelo Ministério da Saúde, encontramos respaldo para a utilização. Boa parte dos nossos hospitais de referência estava usando [o medicamento] dentro de um protocolo clínico de pesquisa”, explicou.

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, fez menção aos cerca de 200 mil casos de malária ocorridos anualmente no país para justificar a experiência brasileira com a cloroquina. “Até mesmo o padrão da infecção por coronavírus na Amazônia vai ser objeto de estudo, pois lá a cloroquina é utilizada, com regularidade, há muitos anos”, pontuou, lembrando que o medicamento tem contraindicações e não deve ser tomado para evitar o coronavírus.

Segundo Wanderson, o ministério vai anunciar, na próxima semana, parceria com um grande laboratório da América Latina para ampliar a escala de exames. “Precisamos atingir de 30 mil a 50 mil testes por dia para que as pessoas voltem a trabalhar”, ressaltou, mencionando a necessidade de adesão às medidas de precaução.

* Estagiário sob supervisão do subeditor Paulo Nogueira



"As recomendações que estão sendo dadas (pelo Planalto) não modificam em nada as orientações do Ministério da Saúde. Pacientes com sintomas, seus familiares, doentes crônicos e idosos devem ficar em isolamento. Todos nós devemos reduzir a circulação para evitar aglomerações”

João Gabbardo Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde


Justiça federal barra decreto
A Justiça Federal no Rio de Janeiro suspendeu decreto do presidente Jair Bolsonaro definindo como serviço público essencial atividades religiosas e o funcionamento de casas lotéricas. A decisão foi tomada ontem pela 1ª Vara Federal de Duque de Caxias. A determinação atende ao pedido do Ministério Público Federal solicitando que as atividades religiosas e o funcionamento de lotéricas fossem suspensos enquanto durar o período de isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. "O acesso a igrejas, templos religiosos e lotéricas estimula a aglomeração e circulação de pessoas", escreveu o juiz federal substituto Márcio Santoro Rocha. Na quinta-feira (26), Bolsonaro editou decreto tornando essas atividades essenciais em meio à pandemia. Ao encaixá-las nessa categoria, o presidente definiu que elas poderiam continuar em operação mesmo durante restrição ou quarentena em razão do vírus.


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