Internacional

Por que os ataques de ursos se tornaram um problema grave no Japão

A crise tem raízes na mudança climática e no envelhecimento populacional das áreas rurais; entenda as causas do aumento dos encontros fatais

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O Japão enfrenta uma crise sem precedentes com um número recorde de ataques de ursos em áreas urbanas e rurais, forçando o governo a mobilizar equipes especializadas e até as Forças de Autodefesa para lidar com a situação. Desde abril de 2025, os encontros fatais geraram pânico entre os moradores, resultando em pelo menos 12 mortes — o número mais alto desde o início dos registros oficiais nos anos 2000 — e mais de 100 feridos. A crise expõe um problema complexo com raízes em mudanças ambientais e sociais profundas.

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Diferente de incidentes isolados do passado, os ursos agora são vistos vasculhando lixo em quintais e caminhando por ruas de cidades. Na província de Akita, por exemplo, os avistamentos sextuplicaram. Essa aproximação perigosa é resultado direto da dificuldade dos animais em encontrar comida em seu habitat natural. A crise é alimentada por uma combinação de fatores que alteraram o equilíbrio entre a vida selvagem e as comunidades humanas no país.

O que está por trás do aumento dos ataques?

A principal causa para a mudança no comportamento dos ursos é a escassez de alimentos nas montanhas. As safras de nozes de faia, principal componente da dieta desses animais antes do período de hibernação, foram severamente afetadas por condições climáticas atípicas, juntamente com a produção de bolotas. Com fome, eles são forçados a descer para áreas povoadas em busca de qualquer fonte de alimento, como restos de comida e plantações.

Outro fator crucial é a mudança demográfica nas zonas rurais japonesas. O envelhecimento acelerado da população e o consequente abandono de fazendas e vilarejos eliminaram as barreiras naturais que antes separavam os humanos da vida selvagem. Essas terras abandonadas se tornaram corredores para os ursos, que já não percebem uma presença humana forte para se sentirem intimidados.

A resposta das autoridades tem sido intensificar o abate controlado e emitir alertas constantes para a população, recomendando medidas como não deixar lixo do lado de fora e instalar cercas elétricas. O desafio é encontrar um equilíbrio de longo prazo, já que especialistas apontam que a espécie não está ameaçada de extinção e que o manejo populacional, incluindo a caça, é parte da solução para garantir a segurança dos cidadãos.

A busca por soluções sustentáveis, que incluem o manejo de florestas e o controle de resíduos em áreas de risco, tornou-se uma prioridade para evitar que a crise se agrave nos próximos anos. O cenário atual mostra como a interferência humana no meio ambiente pode gerar consequências diretas e perigosas para o dia a dia das pessoas.

Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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