Ex-número 3 do Partido Socialista espanhol, investigado por corrupção, denuncia perseguição 'digna da Inquisição'
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O ex-número três do Partido Socialista espanhol e que já foi o homem de confiança do primeiro-ministro Pedro Sánchez, no centro de uma investigação sobre uma vasta rede de corrupção, defendeu sua inocência nesta quarta-feira (17) e afirmou ser vítima de uma perseguição "digna da Inquisição".
Santos Cerdán, suspeito de ser a figura central de um esquema de suborno em troca de contratos irregulares de obras públicas, ficou em prisão preventiva de junho a novembro, quando o juiz declarou sua liberdade provisória com medidas cautelares.
Sua libertação ocorreu após a publicação de um extenso relatório policial que descrevia Cerdán como o "intermediário" que gerenciava a cobrança de propinas de empresas, das quais ele obtinha "2% líquidos do valor do contrato" por meio de um laranja, segundo relatos da imprensa espanhola.
"É absolutamente falso", afirmou Cerdán nesta quarta-feira a uma comissão de investigação do Senado, onde alguns senadores o acusaram de "enriquecer" por meio do esquema.
"Não faço parte de nenhuma trama corrupta, nem sou o chefe de nenhuma trama corrupta", afirmou, acrescentando que era vítima de "especulações policiais extremamente criativas".
"A forma como estão me perseguindo é digna da Inquisição", concluiu.
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