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REVIRAVOLTA

Mulher que estava há 27 anos no corredor da morte pode ser inocentada

Brittany Holberg foi condenada por assassinato de idoso, mas sua sentença foi anulada após descoberta de juiz

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Depois de passar 27 anos no corredor da morte, a americana Brittany Holberg viu seu futuro mudar depois que novas informações de seu caso vieram à tona. Quando tinha 25 anos, ela foi condenada à morte pelo assassinato de A.B. Towery, que tinha 80 anos.

O idoso levou um golpe de martelo e foi esfaqueado 58 vezes. Além disso, teve uma luminária inserida em sua garganta antes de morrer, em 1996, em uma tentativa de roubo da sua casa. Holberg foi condenada por homicídio capital dois anos depois e passou todo esse tempo no corredor da morte.

Agora, membros do Tribunal de Apelações do 5º Circuito dos EUA descobriram que, na época, os promotores omitiram que a principal testemunha de acusação era um informante pago. Esse foi o principal motivo para que a condenação fosse anulada. 

O juiz Patrick E. Higginbotham, responsável pelo caso, destacou que a reviravolta é um "lembrete gritante" de que a pena de morte deve ser analisada com cuidado. A pena de morte é legalizada em 27 estados dos Estados Unidos. 

“Paramos apenas para reconhecer que 27 anos no corredor da morte é uma realidade que mostra que devemos acompanhar todos os procedimentos quando uma vida está em jogo. É um lembrete gritante de que a jurisprudência da pena de morte continua sendo um trabalho em andamento. Os 27 anos da Sra. Holberg no corredor da morte são uma demonstração da falha do Estado em cumprir uma estrutura central de acusação: a Doutrina Brady", declarou ao NY Post.

A doutrina Brady é uma regra estabelecida em 1963 pela Suprema Corte dos Estados Unidos que determina que a acusação deve entregar ao réu todas as evidências que poderiam o inocentar. A regra surgiu no caso Brady v. Maryland.

John Brady chegou a ser sentenciado à morte por assassinato, junto de Charles Boblit. No tribunal, Brady admitiu estar envolvido no assassinato, mas alegou que Boblit havia cometido o ato. No entanto, a promotoria retirou uma declaração em que Boblit confessava que havia cometido o crime sozinho. 

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Brady apelou da decisão do tribunal  e teve sua sentença anulada. A partir daí surgiu o princípio que ficou conhecido como a “regra de Brady”. 

De acordo com o NY Post, Vicky Kirkpatrick, que era a informante paga do Departamento de Polícia de Amarillo, dividiu uma cela com Holberg e disse anteriormente que a ouviu falando sobre o assassinato. Ela disse que a ré era uma viciada em drogas que "não demonstrou absolutamente nenhum remorso" pelo crime. Com a decisão, Holberg deve passar por um novo julgamento. 

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