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Estado de Minas

Convergência de tecnologias tornam a TV uma central multimídia

Acesso à internet, desenvolvimento de aplicativos e convergência de tecnologias estão transformando o aparelho de televisão


postado em 24/04/2014 12:00 / atualizado em 24/04/2014 12:10

Silas Scalioni

 

O estudante Guilherme Batista vive por inteiro esta nova era da televisão e enxerga mais evoluções a caminho(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
O estudante Guilherme Batista vive por inteiro esta nova era da televisão e enxerga mais evoluções a caminho (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
O estudante de engenharia de computação da PUC Minas Guilherme Batista de Almeida, de 23 anos, usa a TV de casa mais como se fosse uma extensão do seu computador e do seu celular. Reproduz nela filmes e músicas armazenadas no PC, uma vez que já a conectou a um sistema de home theater. É, também, usuário cotidiano do aplicativo do YouTube, como também do seu navegador de internet, e enxerga as TVs, assim como a maioria dos gadgets eletrônicos de hoje, caminhando para um processo completo de convergência de tecnologias. “Antes, havia só uma forma de assistir a uma programação. Hoje, as TVs exercem funções que antes eram restritas aos computadores, como navegar na internet e conversar via chat, além de transmissão digital, que proporciona muito mais fidelidade e imersão”, diz.

Guilherme é o típico usuário moderno de TV, que já deixou para trás a já velha maneira de assistir a televisão no sofá da sala de estar. O estudante prevê mais evoluções com a chegada dos televisores de altíssima resolução de imagens (TV 4K), os controles por gestos, sons e conexão a vários outros dispositivos. “Já há projetos para transformar a TV em uma central de controle da casa: por meio dela, é possível ligar o ar-condicionado, o alarme, a luz, as câmeras e qualquer outro dispositivo eletrônico.”

Em função do usuário

Carlos d%u2019Andréa costuma baixar séries e filmes pela internet: %u201CHoje podemos assistir a tudo que quisermos e a qualquer hora%u201D(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS)
Carlos d%u2019Andréa costuma baixar séries e filmes pela internet: %u201CHoje podemos assistir a tudo que quisermos e a qualquer hora%u201D (foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS)
O professor do Departamento de Comunicação da UFMG Carlos d’Andréa também vê longe o tempo em que o televisor se restringia à sala e levava a mesma informação a todos os moradores. “Isso começou a mudar quando foi possível ter mais um aparelho nas casas – pelo menos já era possível assistir, ao mesmo tempo, programações diferentes–, quando houve a diversificação, com a TV por assinatura, e o desenvolvimento de tecnologias, que obriga as emissoras a se programarem em função do telespectador, e não o contrário”, diz. Hoje, segundo ele, de forma legal ou ilegal, a pessoa pode assistir a tudo que quiser e à hora que quiser, seja baixando conteúdos pela internet para ver na TV por torrent ou outro sistema, ou simplesmente acessando os sites das emissoras para assistir ao vivo ou depois.

As séries norte-americanas, minutos depois de estrearem na TV, já estão circulando pelas redes. “As emissoras, sem poder fugir dessa realidade, também criam mecanismos de legalizar a transmissão on-line disponibilizando seus conteúdos na internet. A série Game of thrones está em sua quarta temporada pela HBO, mas milhões de pessoas que não assinam o canal o fazem aos capítulos pelo site da emissora, que ganha também na publicidade virtual.”

A indústria, de acordo com ele, tem se apropriado de tecnologias sofisticadas para ganhar o telespectador. O professor lembra que a locadora de vídeos on demand Netflix, por exemplo, utiliza-se muito dessas tecnologias para recomendar filmes dentro de um processo de personalização. Ela cruza dados de usuários e depois faz indicações que combinam  com o gosto de cada um. “Foi justamente utilizando-se de tais dados que a Netflix criou a série House of cards, como se fosse um produto pedido pelos seus clientes.” Com a internet, o aumento da capacidade de banda e o desenvolvimento de tecnologias atualmente embarcadas nos aparelhos inteligentes, a TV caminha a passos largos para ser a principal estrela da casa.

GRATUITOS E PAGOS
Há vários sites que disponibilizam filmes em streaming, gratuitos ou pagos. Entre os melhores estão:
 www.netflix.com.br (pago)
 www.netmovies.com.br (pago)
 www.skyonline.com.br (pago)
 www.krackle.com.br (gratuito, com ótimo acervo)
 www.youtube.com.br (gratuito, onde se encontra alguns filmes clássicos)
 www.openculture.com (gratuito)

STREAMING EM 4K
Empresa norte-americana que oferece serviço de TV por internet via streaming, a Netflix tem quase 45 milhões de assinantes em mais de 40 países, que assistem por mês cerca de um bilhão de horas de filmes, séries de TV e produções originais. Por R$ 16,90 mensais, o assinante pode ver, pausar e voltar a assistir a quantos filmes e séries quando e onde quiser, em qualquer tela com conexão à internet. Recentemente, a empresa começou a oferecer vídeos no formato ultra HD, depois de testar o streaming de conteúdo 4K no fim de 2013. Por enquanto, a lista de títulos é pequena e se restringe aos episódios da segunda temporada de House of Cards, além de alguns documentários sobre natureza.


FRONTEIRAS BEM PRÓXIMAS
Ítalo Cunha conecta o conteúdo do tablet na televisão para compartilhar com seus alunos de ciência da computação da UFMG(foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
Ítalo Cunha conecta o conteúdo do tablet na televisão para compartilhar com seus alunos de ciência da computação da UFMG (foto: RAMON LISBOA/EM/D.A PRESS)
O professor Ítalo Cunha, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, credita ao aumento da capacidade das redes de internet banda larga e ao desenvolvimento constante de novas tecnologias para distribuição de conteúdos os principais motivos para que as pessoas usem cada vez mais a TV de forma diferente da tradicional. “E isso vai avançar. Podemos esperar maiores velocidades de banda larga, com a substituição de cabos de cobre por fibras ópticas, e tecnologias de distribuição mais eficientes, como as redes par-a-par inteligentes”, avisa. Veja outros fatores apontados por ele que explicam por que a fronteira entre a internet e a TV está cada vez mais tênue:

» Usuários têm maior controle sobre o que e quando assistir, comparado à programação fixa e pré-determinada dos canais de televisão.
» Dispositivos capazes de gravar a programação da TV não têm a mesma flexibilidade do acesso feito via internet, onde todo o conteúdo fica disponível todo o tempo, de forma direta, instantânea e com suporte a buscas.
» A internet provê conteúdos de interesse que não são adequados para transmissão em canais abertos, como cursos de línguas.
» Sites de distribuição de vídeo, como YouTube e Netflix, têm sistemas de recomendação de conteúdo, que "aprendem" as preferências do usuário baseados no conteúdo assistido e nos comentários feitos, para recomendar outros vídeos parecidos.
» A internet suporta interação com o conteúdo. Por exemplo, é possível pausar, avançar e repetir cenas de um vídeo. Mas isso vai muito além. A interatividade é utilizada em cursos virtuais cada vez mais populares e propicia criação de aplicações, como videoconferências e jogos eletrônicos multijogadores.
» Conteúdo na internet tem menos propaganda do que na televisão. Isso é possível, em parte, devido aos maiores preços que os provedores cobram pelos anúncios. E os anunciantes estão dispostos a pagar, pois tal propaganda é mostrada apenas para usuários potencialmente interessados naquele produto ou serviço.
» O consumo de conteúdo via internet criou novos mercados. Usuários podem comprar set-top-boxes, como Apple TV e Google TV, que são computadores especializados e fazem uma ponte entre a televisão e a internet. Serviços comerciais de acesso a conteúdo, como YouTube e Deezer, já chegaram ao Brasil.
» Provedores de conteúdo, como YouTube e Netflix, usam técnicas avançadas para transmitir a enorme quantidade de dados dos vídeos de alta qualidade sem sobrecarregar a internet ou incorrer em custos elevados de transmissão. Exemplo: servidores regionais permitem atender requisições de usuários brasileiros a partir de servidores no país e, assim, evitar a utilização de enlaces internacionais.


Para baixar arquivos

Torrent é o melhor, mais prático e rápido sistema para downloads de arquivos compartilhados na internet. Se você quer baixar um filme, por exemplo, provavelmente vai ter de recorrer ao sistema. BitTorrent, por seu lado, é um software gratuito que roda um protocolo de rede que permite fazer downloads (descarregar) de arquivos em geral indexados em websites. Esse protocolo introduziu o conceito de partilhar o que já foi descarregado, aumentando o desempenho e possibilitando altas taxas de transferência, mesmo com um grande número de usuários realizando descargas de um mesmo arquivo simultaneamente.

Na rede BitTorrent, os arquivos são quebrados em pedaços, de geralmente 256KB. Seus usuários partilham pedaços em ordem aleatória, que podem ser reconstituídos mais tarde para formar o arquivo final. O sistema de partilha agiliza o desempenho geral de rede, uma vez que não há filas de espera e todos partilham pedaços entre si, não sobrecarregando um servidor central, como ocorre com sites e portais de downloads. Assim, quanto mais usuários entram no sistema para descarregar um determinado arquivo, mais largura de banda se torna disponível.

Veja, abaixo, alguns dos mais populares sites para baixar torrents:
The Pirate Bay – https://thepiratebay.se/
Torrentz – https://torrentz.eu/
IsoHunt – https://isohunt.com/
Extratorrent – https://extratorrent.cc/
Demonoid – https://www.demonoid.ph/
EZTV – https://eztv.it/
Bitsnoop – https://bitsnoop.com/
1337x – https://1337x.to/

 


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