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Estado de Minas

Novo tablet de teste da Intel pode ser usado na sala de aula do futuro

Intel apresenta protótipo de tablet que poderá ser usado como parte de uma nova visão da educação. Empresa anuncia doação de placas de hardware livre a 100 universidades brasileiras


postado em 14/11/2013 11:30 / atualizado em 14/11/2013 11:45

Shirley Pacelli*

Ensino será cada vez mais rico em detalhes e interações entre alunos e professor enriquecem transmissão de conhecimentos. Modelo de tablet proposto pela empresa foi testado pelos jornalistas no encontro(foto: Intel/Divulgação)
Ensino será cada vez mais rico em detalhes e interações entre alunos e professor enriquecem transmissão de conhecimentos. Modelo de tablet proposto pela empresa foi testado pelos jornalistas no encontro (foto: Intel/Divulgação)

Florianópolis – Na sala de aula, o professor mostra aos alunos no quadro negro – agora interativo – o design de uma ponte. Ele clica, dá zoom com um movimento de pinça dos dedos, abre arquivos e deleta conteúdo tal qual as pessoas fazem hoje em seu tablet. Em seus dispositivos os jovens analisam as tarefas que deverão ser feitas enquanto o mestre monitora o rendimento de cada um deles em sua prancheta digital. Chats on-line, chamadas de vídeo, quiz e até impressão em 3D fazem parte das atividades na visão da sala de aula do futuro da Intel. Ao menos os tablets do vídeo conceito (https://bit.ly/1aKLNhZ) já podem ser utilizados.

A empresa lançou em Florianópolis (SC), na semana passada, um design referência para tablets educacionais com sistema Android. Com tela LCD de 10,1” sensível ao toque e sistema operacional Android, o produto pesa apenas 689g e vem com duas câmeras, alto-falante e microfones integrados. A bateria tem duração de seis horas e meia, em média. Há uma versão disponível também de 7”, com bateria que dura até oito horas e pesa 500g.

A ação faz parte da iniciativa de soluções educacionais da Intel para transformar o modelo de aprendizagem e ensino nas escolas. O tablet conta com ferramentas de e-learning para tornar as aulas mais atraentes, incluindo leitor eletrônico, aplicativos para pesquisas em ciências e análise de dados, ferramentas de pintura, lente de aumento e sensor térmico. Ele tem também tecnologia antifurto, design resistente a quedas de até 50cm, chassis antibacteriano, além de ser à prova d’água.

O gadget é bastante apropriado para alunos mais novos, especialmente para atividades lúdicas. Já a turma do ensino médio prefere formato conversível, para produção de conteúdo com o teclado. No Intel Press Summit, realizado pela empresa em Florianópolis (SC), o Informátic@ teve a oportunidade de fazer alguns testes com o produto com a orientação de uma professora. Utilizando um sensor acoplado ao dispositivo, foi feita a simples experiência de avaliar a alteração de temperatura dentro de um balão nos segundos do estouro. Um software trouxe gráficos da mostra em diferentes formatos. Se a brincadeira conseguiu animar o público de jornalistas, que dirá crianças.

O lápis tátil que vem com o produto às vezes falha, mas um programa transforma os rabiscos em palavras digitadas automaticamente e ainda permite a correção ortográfica. Destaque para funcionalidades de microscópio, câmera de lapso de tempo e o artrage, próprio para desenho. O Classroom Management permite ao professor gerenciar a sala de aula. Ele pode trocar arquivos com um aluno, grupo específico ou sala, além de aplicar testes. Há ferramenta de bate-papo no aplicativo e é possível aplicar testes de avaliação ou quiz aos alunos.

Edmilson Paoletti, gerente de Desenvolvimento de Negócios para Educação da Intel no Brasil, disse que o objetivo da empresa é mudar o paradigma da apredizagem: do professor como centro e único transmissor da informação para um articulador, guia e facilitador do aprendizado de crianças e jovens com acesso a um universo vasto de conhecimento por meio da tecnologia. “Quantos ambientes mudaram, mas a escola continua a mesma? A ideia é ter um modelo educacional com habilidades do século 21”, diz. Diversos fabricantes, como CCE, MGB, Philco, Positivo e SpaceBR, já estão habilitados para criar soluções baseadas no design de referência do tablet educacional.

A MÃOZINHA

Com o objetivo de alavancar a inovação, a Intel doará, em 2014, placas de desenvolvimento conhecidas como Intel Galileo para 100 universidades brasileiras. Essas serão as primeiras placas Arduíno (plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre) baseada na arquitetura da empresa. O objetivo é ampliar o acesso a recursos tecnológicos e permitir a criação de projetos de computação.

Kevin Manoel Guimarães apresenta seu projeto demão robótica que obedece a comandos dos dedos do usuário capturados por uma webcam(foto: SHIRLEY PACELLI/EM/D.A PRESS)
Kevin Manoel Guimarães apresenta seu projeto demão robótica que obedece a comandos dos dedos do usuário capturados por uma webcam (foto: SHIRLEY PACELLI/EM/D.A PRESS)

Foi com uma placa Arduíno que, em apenas 30 dias, Kevin Manoel Guimarães, tecnólogo catarinense de 21 anos, criou uma mão robótica comandada por gestos (https://bit.ly/Hf0KvQ). Uma câmera em um PC captura em 3D os movimentos de sete pontos da mão humana. Os dados passam por uma placa arduíno e os comandos são feitos instantaneamente. O protótipo reconhece gestos de positivo, negativo e hang loose, entre outros. Kevin diz que sua criação poderia ter aplicações na indústria, no levantamento de toneladas de material ou mesmo em atividades que oferecem risco ao funcionário. Segundo ele, a ideia agora é aumentar a eficiência de resposta aos comandos.

O projeto de Kevin ficou em segundo lugar no Perceptual Challenge Brasil (https://intel.ly/11pMpTR), desafio da Intel para mudar a interação homem-computador . O primeiro ficou com o game Real kite, que simula a brincadeira de empinar pipa. Com se estivesse com uma linha na mão, o jogador entra em uma batalha no ar e precisar cortar e capturar a pipa do oponente. Foram 103 ideias apresentadas – a de Kevin foi a única que fugiu da temática dos games.

* A jornalista viajou a convite da Intel


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(foto: THALMIC LABS/DIVULGAÇÃO)
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» Lembra do filme Minority report? Pois é, o projeto da Thalmic Labs lembra bem ele. A MYO é uma braçadeira capaz de identificar movimentos por meio da variação muscular e assim permite controlar dispositivos por gestos. O sistema é diferente do Kinect, já que não é preciso ficar em frente a uma câmera para que ele identifique seus movimentos. Pode ser aproveitado futuramente para uso militar, apresentações, indústria etc. Por US$ 149 (cerca de R$ 347).
thalmic.com

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REcon Jet

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