A campanha digital trazia também os conselhos do excêntrico professor L’Amour, que respondia as dúvidas dos casais apaixonados enviadas por meio do Twitter e do Facebook. A criatividade e inovação da propaganda fizeram com que o público interagisse com a proposta, se sentisse parte dela e compartilhasse pela rede, gerando divulgação para o empreendimento. Cerca de 69% dos internautas brasileiros têm o hábito de “viralizar”. Neste momento, há 1 bilhão de pessoas conversando no mundo por meio das redes sociais. Diante disso, o potencial de marketing virtual é gigantesco e as empresas aos poucos têm aprendido como utilizar esse novo canal a seu favor.
Para ele, em comunicação, os profissionais o tempo todo trabalham com a emoção de quem está sendo impactado. “Não necessariamente uma ‘campanha fofa’ é o caminho do sucesso e da solução de qualquer problema. Pode ser que para um determinado problema o ideal seja despertar o sentimento da dúvida ou do questionamento”, explica. Melo conta que há clientes que chegam pedindo virais, mas explica que isso não é um produto a ser criado. Para ele, tudo é consequência do trabalho árduo. Muito esforço e verba podem ser jogados fora caso o profissional insista em basear uma campanha em um viral em potencial. “As pessoas são feitas de emoções e sentimentos, e o ato de ‘viralizar’ algo quer dizer que aquilo o tocou ou vai tocar alguém que conhece. E pra isso não tem fórmula. Se houvesse, perderia a graça, não é mesmo?”
O diretor diz que o ponto crucial é acertar a emoção e, no caso das redes sociais, lançar a ideia no momento certo. Melo explica que é tudo muito dinâmico nesse universo – “ícones são criados, endeusados e derrubados em questão de um dia apenas”. O que é certo, segundo ele, é a necessidade de planejar e mapear as ações e, depois de executadas, fazer o monitoramento. “As informações fluem das pessoas e não das grandes marcas e impérios, é o que está mudando o mundo hoje”, afirma. Segundo o diretor, é preciso entender mais de pessoas do que de tecnologia. A tecnologia é um meio, não o fim.
AMADURECIMENTO Criada há 10 anos, a Plan B (planb.com.br), agência de comunicação, acompanhou o amadurecimento do mercado. “Cada vez mais, as ações digitais estão presentes nos diversos segmentos. Elas têm um caráter estratégico e entregam resultados”, explica Thiago Miqueri, um dos sócios da agência. O negócio cresceu mais de 50% nos últimos três anos – a sede, que era de 27 metros quadrados e quatro sócios, passou a ter 400 metros quadrados e uma equipe de 60 pessoas.
A empresa tem profissionais de mídia, tecnologia, design, social media e redação. Para cada trabalho é formada uma equipe multidisciplinar. O sócio explica que os clientes têm demandas específicas, mas que busca sempre firmar uma parceria a longo prazo. Segundo Miqueri, é preciso planejar e definir a estratégia de atuação. Cada objetivo gera um indicador de performance para a apresentação dos resultados aos clientes. “O cuidado da empresas em estreitar o relacionamento com seu público faz que ele seja embaixador da marca nas redes sociais”, afirma.