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Estado de Minas

Novas tecnologias para desvendar o cérebro


postado em 04/04/2013 00:12 / atualizado em 04/04/2013 13:36


As pesquisas envolvendo os mistérios do cérebro humano terão investimentos de US$ 100 milhões, anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Chamada de Brain (sigla que forma a palavra cérebro em inglês e significa Pesquisa do Cérebro por meio de Avançadas e Inovadoras Neurotecnologias), a iniciativa tem o objetivo de buscar a cura para doenças como o mal de Alzheimer e a epilepsia, assim como enfrentar traumatismos cranioencefálicos e patologias psiquiátricas.
“O computador mais poderoso do mundo não é tão intuitivo quanto o que temos desde que nascemos. Há este mistério enorme esperando para ser desvendado”, disse Obama, na terça-feira. “O projeto dará aos cientistas as ferramentas necessárias para obter uma imagem do cérebro em ação e permitirá ao menos compreender como pensamos, aprendemos ou memorizamos”, completou.
Os pesquisadores envolvidos na empreitada buscarão desenvolver novas tecnologias que mostrem como células individuais e circuitos neurais trabalham e interagem, além de examinar de que maneira o cérebro grava, usa e recupera grandes quantidades de informação. Vários institutos particulares de pesquisa estão envolvidos no projeto, dirigido pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, em inglês), pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, vinculada ao Pentágono, e pela Fundação de Ciência Nacional.
Além do financiamento inicial do governo, que pode ser aprovado pelo Congresso americano já na próxima semana, várias instituições particulares devem apoiar a pesquisa. Especialistas disseram ao jornal The New York Times que, ao todo, a pesquisa demandará recursos federais da ordem de US$ 3 bilhões em uma década.
No lançamento do projeto, na Casa Branca, Obama foi apresentado como o “cientista em chefe” (trocadilho com comandante em chefe) pelo diretor dos NIH, Francis Collins. “Estou feliz por ter sido promovido a cientista em chefe. Levando em conta minhas notas em física, não sei se eu merecia”, brincou Obama. “Mas dou à ciência a importância adequada, então talvez eu tenha algum crédito”, completou.
O financiamento do projeto ocorre no momento em que os americanos estão assustados com o avanço de enfermidades que afetam o cérebro. Segundo relatório divulgado no mês passado pela ONG Alzheimer’s Association, um em cada três idosos morre com o mal de Alzheimer ou algum outro tipo de demência nos Estados Unidos. De acordo com o documento, um americano desenvolve o problema a cada 68 segundos. Nesse ritmo, os 5,7 milhões de pacientes que existem hoje naquele país se transformarão em 13,8 milhões em 2050. Os custos com o mal nos EUA hoje giram em torno de US$ 203 bilhões por ano, incluindo medicamentos, internações e contratação de cuidadores.


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