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Estado de Minas

Seis países europeus atacam política de proteção de dados do Google


postado em 03/04/2013 17:38

PARIS - As autoridades encarregadas da proteção de dados de seis países europeus (Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda e Grã-Bretanha) decidiram iniciar nesta terça-feira (02/04) uma ação conjunta contra o gigante da internet Google, que não respondeu às exigências para que sejam modificadas suas regras de confidencialidade.

A Comissão Europeia comemorou a decisão e disse em um comunicado que espera que o caso permita agilizar a adoção de novas leis sobre a proteção de dados.

Em outubro passado, as 27 autoridades europeias de proteção de dados reclamaram que o Google modificasse suas novas regras de confidencialidade num prazo de quatro meses para ficar conforme à diretriz europeia "Informática e Liberdades" sob a pena de uma "ação repressiva".

Mas, passado este prazo, o Google não adotou qualquer medida concreta, segundo comunicado da Comissão Nacional de Informática e Liberdades da França (CNIL).

Os representantes do Google se apresentaram espontaneamente em 19 de março perante um grupo de trabalho que reúne as autoridades de proteção de dados dos seis países. Mas ao final desta reunião, "nenhuma mudança foi aplicada", indicou o comunicado.

Novas regras de confidencialidade
Desde março de 2012, o Google aplica uma política de confidencialidade que faz uma fusão de cerca de 60 regras de utilização em apenas uma, agrupando as informações de vários serviços antes separados, como o de e-mails gmail ou a rede social Google+.

As autoridades europeias criticam vários pontos das novas regras, como a falta de informação aos usuários sobre como seus dados pessoais são utilizados, a "espionagem" dos internautas que nãi usam serviços Google e o cruzamento de dados excessivo entre vários serviços oferecidos pela companhia americana.

A CNI francesa notificou o Google sobre sua decisão de "abrir um procedimento de controle, assim como um procedimento de cooperação administrativa internacional com seus colegas do grupo de trabalho".

Em 2012, depois de meses de análises e trocas com o Google, as entidades de proteção de dados dos 27 países da União Europeia pediram à companhia uma "informação mais clara e mais completa sobre os dados coletados" e sobretudo pediram explicações sobre sua "finalidade", argumentando que o usuário não tem o controle.

No início de março, o Google foi condenado nos Estados Unidos a uma multa por ter reunido de maneira abusiva os dados pessoais de milhares de pessoas dentro de seu serviço Street View.

Entre 2008 e 2010, os carros da empresa com câmeras instaladas que percorreram vários estados americanos para tirar fotos e publicá-las na internet coletaram informações sobre redes domésticas sem fio (wifi) sem a permissão de seus proprietários, inclusive e-mails e senhas.

Na Alemanha, os consumidores se opuseram a que o Google pusesse na internet as fotos de suas casas e a companhia se viu forçada, também, a pixelizar os rostos e as placas dos carros.

Em março de 2011 o Google recebeu uma multa na França de 100.000 euros por compilar ilegalmente dados pessoais.

 


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