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Estado de Minas

Museu de Ciências Naturais da PUC começa a ressurgir das cinzas


postado em 21/02/2013 06:41

Professores, alunos e técnicos trabalham na reconstrução das réplicas de animais parcialmente danificadas pelo fogo e na remoção da fuligem dos cenários destruídos. Muitas peças do acervo estão sendo refeitas (foto: (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press))
Professores, alunos e técnicos trabalham na reconstrução das réplicas de animais parcialmente danificadas pelo fogo e na remoção da fuligem dos cenários destruídos. Muitas peças do acervo estão sendo refeitas (foto: (Juarez Rodrigues/EM/D.A Press))
Grande parte do lixo e entulho que sobrou do incêndio no Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), no Bairro Coração Eucarístico, Região Noroeste de Belo Horizonte, já foi retirada, mas paredes, escadaria e cenários do prédio ainda estão cobertos pela fuligem das chamas que assustaram funcionários e moradores do entorno do câmpus. O cheiro da fumaça também ainda é marcante, especialmente no segundo andar, onde o fogo começou, mantendo aquele dia bem vivo na memória de quem estava no local. No entanto, um mês após o acidente, responsável pelo fechamento temporário do museu, o acervo de réplicas de bichos e coleções afetadas já começaram a ser recuperados por uma força-tarefa de funcionários e a coordenação do museu já estabeleceu uma data para reabertura oficial: 1º de julho. %u201CTemos um desafio de abrir nesse dia. Não é uma meta rigorosa, porque dependemos de várias empresas, mas queremos é acelerar o nosso ritmo de trabalho%u201D, destaca o coordenador do museu, professor Bonifácio José Teixeira. Segundo ele, a recuperação do acervo está sendo feita por setores diferentes. A parte de perícia ainda não foi concluída, mas os laudos parciais não apontam danos na estrutura do prédio. O sistema elétrico %u2013 onde uma falha foi responsável pelo início do fogo %u2013 terá de ser completamente refeito. Um novo plano de combate a incêndios também será encomendado pela universidade. %u201CNão é que o nosso antigo não era suficiente. Temos quase 50 mil litros de água na nossa reserva de incêndio, por exemplo. A questão é que queremos uma ainda mais eficiente%u201D, afirma. Os prejuízos financeiros também não foram orçados. %u201CA maior perda são os 25 mil visitantes que poderíamos receber neste semestre e que não verão o museu. Nada vai compensar isso%u201D, salienta o professor. Cenários Quase todos os cenários que compunham as exposições também deverão ser refeitos por artesãos. Grande parte dos esqueletos e réplicas nas vitrines foi salva, mas deverá passar por limpeza intensa, assim como os animais taxidermizados em exposição. Nos três andares do prédio, eles foram cobertos por fuligem, o que representa o principal desafio da equipe de biólogos e estagiários do museu. %u201CEstamos testando e chegamos a resultados bons para a limpeza das peles taxidermizadas e dos ossos%u201D, explica o curador da reserva técnica, Bruno Garzon. %u201CPara nós é importante demais reabrir. Custou muito tempo para conseguirmos reconhecimento, então é essencial estarmos abertos para o público, quanto mais cedo melhor.%u201D A aluna do curso de ciências biológicas Priscila do Carmo de Oliveira, de 21 anos, é uma das estagiárias da força-tarefa. Desde segunda-feira, ela e outros universitários estão usando a fórmula encontrada por Garzon para a limpeza do acervo. %u201CFiquei muito triste com o incêndio e participar da reconstrução é bom por saber que estou colaborando a refazer o trabalho dos meus colegas e também por ver que nem tudo foi perdido.%u201D Reabertura com o gorila Idi Amin Além de cenários novos, o museu terá novidades para o público. De acordo com Bonifácio Teixeira, em abril a primeira galeria será reaberta com uma exposição de insetos e os tradicionais dinossauros. Em julho, caso a meta seja cumprida, os belo-horizontinos terão de volta um velho conhecido: o gorila Idi Amin, que ganha um espaço próprio na terceira galeria. A preguiça-gigante, que era o destaque da segunda galeria, também volta totalmente refeita. O grande esqueleto foi perdido quase por completo no incêndio, tendo somente sua bacia recuperada. A caverna de Peter Lund foi o foco do incêndio e, na nova versão do museu, será transferida para um área externa. Nesse novo ambiente, ela será feita em alvenaria, de forma mais fidedigna a cavernas reais. PEÇAS DANIFICADAS %u2013 Tatu-gigante %u2013 Réplica montada com pequenos fósseis de cerca de 8 mil anos: peças descolaram. %u2013 Preguiça-gigante %u2013 Cabos de aço que mantinham a réplica suspensa se romperam e a estrutura caiu. %u2013 Cenário da caverna de origem calcária, na exposição de Peter Lund %u2013 Ocupa dois salões interligados e foi completamente destruído pelo fogo. %u2013 Tela a óleo Pleistoceno %u2013 Só o sistema de projeção desse cenário foi atingido. %u2013 Fóssil de uma cotia %u2013 Peça tinha cerca de 2 mil anos e ficava em uma estrutura de vidro acoplada à caverna. %u2013 Escritório de Peter Lund %u2013 A vidraça que protegia as peças caiu intacta. Objetos usados pelo paleontólogo dinamarquês foram preservados. %u2013 Uberabatitan %u2013 Cabos que seguravam a réplica do maior dinossauro brasileiro se soltaram e a cabeça dele caiu. %u2013 Carnotauro %u2013 A réplica da espécie bípede também ficou com a cabeça baixa. ACERVO SALVO %u2013 Oito coleções de fósseis, inclusive as 200 gavetas da paleontologia, com 70 mil peças. %u2013 Laboratórios de mastozoologia (mamíferos). %u2013 Reserva técnica. %u2013 Câmara fria ao lado do prédio, onde o gorila Idi Amin está sendo empalhado. %u2013 Peças que estavam em vitrines. %u2013 Exposição do cerrado. %u2013 Exposição de aves.


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