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Estado de Minas

Smartphones verde-amarelos chegam ao mercado

Empresas brasileiras lançam seus primeiros modelos 3G com processadores Qualcomm e sistema operacional Android. Transmissão de dados pelo corpo humano já é realidade


postado em 18/10/2012 11:04 / atualizado em 18/10/2012 12:33

Massato Takakuwa, da NEC, testa o Real World Interaction, que funciona como no filme Minority Report(foto: shirley pacelli/em/d. a press)
Massato Takakuwa, da NEC, testa o Real World Interaction, que funciona como no filme Minority Report (foto: shirley pacelli/em/d. a press)

São Paulo – No balanço geral, deu 4G durante os quatro dias da Futurecom, considerada uma das maiores feiras de telecomunicações da América Latina e realizada no Rio de Janeiro, no início deste mês. As grandes operadoras anunciaram suas parcerias para implementar as redes de conexão de quarta geração, que, nesta terça-feira, teve os contratos autorizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Smartphones genuinamente brasileiros foram apresentados e celebraram contratos de licença 4G, como a parceria entre a Qualcomm e a Semp Toshiba.

Mas enquanto se discute a implantação da conexão de quarta geração no Brasil, na América Latina, o campeão de consumo ainda é o 2G. Entre os entraves para o uso do 3G estão a própria cadeia de vendas, que não estimula a migração de aparelhos celulares, porque os preços dos dispositivos 2G ainda são altos, e o desconhecimento do usuário sobre a tecnologia. Foi o que se viu durante as discussões que cercaram a Futurecom.

Diante deste cenário, a sanção da Lei 12.715, em 17 de setembro, que inclui os smartphones na chamada “Lei do Bem”, reduzindo impostos sobre aparelhos montados no Brasil, veio a calhar. É esperado para o final de outubro o decreto sobre a desoneração tributária dos celulares inteligentes. Os consumidores deverão encontrar produtos mais baratos já no Natal, garantiu o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Semp Toshiba (Sti), CCE e Positivo serão os primeiros fabricantes genuinamente nacionais de smartphones. A Sti lançou sua primeira linha no dia 10. As três companhias utilizam processadores da Qualcomm, empresa de tecnologia norte-americana, além do sistema operacional Android, do Google. Segundo Rafael Steinhauser, vice-presidente da Qualcomm América Latina, a empresa firmou um acordo de cooperação com o governo federal, para a inclusão digital, via celular.

Assim, além do chip que promete economizar o gasto da bateria, a Qualcomm oferece o design de referência (QRD – Qualcomm Reference Design). Isso significa uma economia de, pelo menos, seis meses de trabalho para qualquer fabricante. Esse tempo é precioso para que um modelo, ao ser lançado, já esteja ultrapassado em relação a outras linhas no mercado.

APLICATIVOS Outra iniciativa da Qualcomm para incentivar a produção nacional é a criação de um laboratório local onde os desenvolvedores podem testar e otimizar seus aplicativos. “Quando o aplicativo dá problema, o usuário sempre coloca a culpa no telefone”, brinca Guilherme Grilo, gerente de desenvolvimento de negócios da empresa. O vice-presidente, Steinhauser, destaca que, na China, quando alguém compra um celular, há pelo menos 100 apps nacionais que se tornam essenciais para o consumidor. “Temos que desenvolver um ecossistema de língua nativa para aplicativos. Nós temos 10 vezes menos desenvolvedores do que os chineses”, ressalta.

Para Steinhauser, se há o desejo de massificar o uso do 3G, é necessário baixar os custos dos equipamentos, garantir a simplicidade de uso e a cobertura, que, segundo ele, já está presente. Motorola Razr HD e o Samsung Ativ S, com o novo Windows Phone 8, com processadores tops de linha, serão lançados no Brasil, em breve, assim como os tablets brasileiros com conexão LTE, previstos para a primeira metade de 2013. Por enquanto, a Qualcomm faz mistério sobre os nomes dos fabricantes das pranchetas digitais.


VITRINE
Semp Toshiba

 semptoshiba.com.br

STI CS40G
» Tela touchscreen de 4 polegadas, dual chip, equipado com processador de 1GHz e processador Qualcomm Sanpdragon S1. Vem com sistema operacional Android 2.3 e câmera traseira de 5MP, com foco automático e flash. Tem conexão 3G, wi-fi e rádio FM.
Preço sugerido: R$ 989

STI CS35G
» Tela touchscreen de 3,5 polegadas, dual chip e vem com processador Qualcomm Snapdragon S1. Roda com sistema operacional Android 2.3. Tem conexão 3G, wi-fi, bluetooth e GPS, além de rádio FM e câmera traseira de 5MP, com flash.
Preço sugerido: R$ 699


CCE
cceinfo.com.br


CCE Mobi SM55
» Tela touchscreen de 3,2 polegadas, dual chip e câmera de 2MP. Vem com sistema operacional Android, processador Qualcomm Snapdragon S1, conectividade GSM, 3G e wi-fi. Tem GPS. Ainda sem preço sugerido.

CCE Mobi SD90
» Tela touchscreen de 4 polegadas, dual chip e câmera de 5MP. Vem com processador Qualcomm Sanpdragon S4 dual-core e sistema operacional Android. Tem conectividade GSM, 4G e wi-fi. Ainda sem preço sugerido.

 

A rede é você

 

Nunca se falou tanto em conectividade. A geladeira liga direto para a assistência técnica, o carro avisa ao seu chefe que você vai se atrasar para aquela reunião por causa do trânsito. Tudo isso se refere a coisas tangíveis, mas e a conexão por pessoas? A Ericsson quer provar que tudo pode estar conectado. Durante a Futurecom, a empresa apresentou o Connected Me. O projeto consiste em usar o corpo humano como canal de comunicação para enviar e receber informações de um dispositivo somente pelo toque, por meio de propriedades elétricas naturais do corpo.

Na estrutura montada na feira somente para demonstração do projeto, é possível passar uma foto de um celular para outro aparelho apenas segurando em duas placas ligadas aos dispositivos. O seu corpo funciona como o caminho para os dados serem transmitidos. Quer passar uma música para um amigo? Basta segurar os dois aparelhos. Se cruzar as mãos, o caminho é encurtado e o arquivo  transmitido mais rapidamente.

O Connected Me ainda é um conceito. Fisicamente, o fenômeno é chamado de acoplamento capacitivo e pode permitir uma comunicação cada vez mais intuitiva e próxima do usuário. A tecnologia traz inúmeras possibilidades para o futuro nas mais diversas áreas, como entretenimento, negócios, saúde e segurança.

A Ericsson é uma das empresas responsáveis pela criação da tecnologia de transmissão de dados sem fio, o bluetooth. Na Futurecom, em 2010, ela apresentou a Connected Tree, a árvore conectada. Ao ser tocada, ela reagia ao gesto por voz e tuitava comentários. Saiba mais sobre o projeto Connected Me em https://migre.me/b5glc.

DE UMA TELA A OUTRA Um pouco menos futurista, no caminho das soluções inovadoras, a NEC, empresa de telecomunicações e TI, apresentou a tecnologia Real World Interaction, que realiza comandos de alta precisão com um simples movimento das mãos. Câmeras com sensores 3D e um projetor de pequeno porte reconhecem os gestos. Ok, isso lembra games e kinect? Sim, os desenvolvedores pegaram essa tecnologia emprestada dos jogos eletrônicos. Massato Takakuwa, diretor de negócios para governo da NEC no Brasil, conta que a tecnologia é mais complexa, mas o paralelo com o game é perfeita. Com o sistema é possível passar o conteúdo de uma tela a outra, como nas cenas do filme Minority Report.

Inicialmente, a ideia é utilizar o sistema em centrais de controle das cidades, como o de tráfego ou segurança, onde há até 150 monitores ligados ao mesmo tempo. A tecnologia auxiliaria no manejo das operações. Outras aplicações futuras possíveis seriam o controle da intensidade do ar-condicionado, ou da luz, apenas com um gesto da mão. Salvo as brincadeiras com a possível contribuição para a preguiça alheia, a tecnologia tem incríveis benefícios, como a maior acessibilidade às pessoas que têm os movimentos reduzidos. “Entre três e cinco anos, o Real World Interaction será usado em aplicações domésticas”, avisa Takakuwa. Ainda não há previsão dos valores. 

 

 


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