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Estado de Minas

Avaliação de Distúrbio requer cuidados


postado em 03/07/2012 11:02 / atualizado em 03/07/2012 11:58

Um dos pontos cruciais que levantam uma enxurrada de dúvidas é o diagnóstico do transtorno. Feito por especialistas como psiquiatras, médicos e psicólogos, o exame leva em conta depoimentos de pais, educadores e é feito um questionário com a criança, o que, segundo a pediatra e professora da Unicamp Maria Aparecida Moysés, não é suficiente para saber se o paciente sofre ou não de algum problema. “São perguntas superficiais. A minha preferida é a que questiona se a criança tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma. O que é isso?”, ironiza.

Um estudo de 2010, publicado nos Estados Unidos, revelou que 1 milhão de crianças norte-americanas podem ter sido erroneamente diagnosticadas com TDAH. Crianças inquietas, ativas ou simplesmente imaturas, mas neurologicamente saudáveis, foram tidas como doentes. De acordo com Luís Augusto Rodhe, é possível que haja diagnósticos em excesso para o mal. Antônio Alvim ressalta que a avaliação tem de ser cuidadosa. “Por isso, é importante que seja feita por um psiquiatra infantil, que deve sempre levar em conta o contexto em que a criança vive, sua relação com as pessoas que a cercam, o momento que ela está vivendo. Uma criança deprimida pode se mostrar irritada e, com isso, mais inquieta”, alerta.

O que dizem os laboratórios

O EM entrou em contato com os dois laboratórios, Janssen Cilag e Novartis (responsáveis pela fabricação do Concerta e da Ritalina, respectivamente), que não divulgaram dados de vendas dos medicamentos no país. Em nota, o Janssen Cilag informou que o Concerta é indicado para o tratamento do TDAH e deve ser usado somente sob prescrição médica. O neuropediatra e diretor médico da área terapêutica do Novartis, responsável pelo Ritalina, Marcelo Gomes, diz que o remédio é indicado diante do diagnóstico correto feito por especialista. "Os comprimidos não causam dependência. Os efeitos colaterais são pequenos, tem mais de 55 anos de mercado e é algo seguro," diz. "Os diagnósticos estão aquém do esperado, não correspondem ao percentual de crianças que precisam de se tratar."


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