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Estado de Minas TWISTED METAL

Clássico da destruição

Depois de 10 anos sem novidades, game de combate concilia a estrutura de jogos atuais e a diversão tradicional da série, que surgiu no primeiro PlayStation


postado em 31/05/2012 10:52 / atualizado em 31/05/2012 10:58

Entre as mudanças está a interligação das histórias do palhaço maníaco e mascote da série Sweet tooth (foto), o dublê Mr. Grimm e a modelo Dollface(foto: Sony/Divulgação)
Entre as mudanças está a interligação das histórias do palhaço maníaco e mascote da série Sweet tooth (foto), o dublê Mr. Grimm e a modelo Dollface (foto: Sony/Divulgação)
Não é preciso muito tempo com Twisted metal para perceber que ele vem de uma época na qual os jogos não tinham tanta pretensão de serem levados a sério. O novo game da franquia de lutas com carros, motos e caminhões é um dos mais antigos da Sony – o título original homônimo foi lançado com o primeiro PlayStation, em 1995 – e voltou de um ostracismo de 10 anos com a proposta de recuperar o que tem de melhor e, ao mesmo tempo, se adaptar às exigências das grandes produtoras de hoje: enredos mais densos e diversos modos para entreter os jogadores.

Talvez essa proposta explique a inevitável sensação passada pelo jogo de que algo está fora do lugar. A começar pelo foco na história, em um modo de campanha adicionado a pedido da própria Sony – originalmente, a ideia do estúdio Eat Sleep Play era lançar o jogo na PlayStation Network, apenas com a parte multiplayer. O enredo é o mesmo das versões anteriores: um torneio entre motoristas organizado por um milionário capaz de garantir ao vencedor qualquer desejo, que é realizado das formas mais perversas possíveis. Uma das personagens, por exemplo, pede para virar modelo e desfilar. No entanto, em vez de uma passarela, é levada para uma pista de aeroporto, onde, após o desfile, é atropelada por um avião.

Aqui, há duas mudanças. A primeira é a exclusão de quase todo o elenco do game anterior em prol de um enredo com três histórias interligadas: a de Sweet tooth, o palhaço maníaco e mascote da série, o dublê Mr. Grimm e a modelo Dollface. A segunda é a opção por uma história mais sombria, com segmentos em vídeo, em vez de computação gráfica. Elas tentam dar uma cara de filme B de terror ao jogo e funcionariam bem como propagandas, mas são muito desconexas com o resto da campanha para ter alguma importância.

Como de costume, para vencer você deve ser o único a sobrar na arena, mas cada fase apresenta uma novidade. Em algumas, é preciso correr de um lado para o outro para permanecer em uma zona segura – se não o fizer, sua barra de vida é consumida rapidamente. Em outras etapas, há um caminhão gigante que despeja inimigos ininterruptamente, obrigando o jogador a derrubá-los antes de ir atrás dos outros carros. As armas e os veículos desbloqueados, à medida que se avança na história, são os principais motivos para seguir adiante na campanha.

Ainda assim, a diversão nesse modo vem em doses limitadas. Não por conta dos comandos, que sabem dosar de forma certa a mistura entre jogos de corrida e tiro, de um modo que a franquia sempre soube fazer ao longo de seus 17 anos, e sim por conta da inteligência artificial, que transforma a luta de todos contra todos em um combate desfavorável para você contra uma legião de veículos. Até na dificuldade normal, é impossível competir sem ter seu veículo parado, alvejado e atirado para lá e para cá.

Dificuldade
Por outro lado, as condições injustas do combate também ajudam a amplificar a alegria de ver seus inimigos estraçalhados por uma roda gigante ou indo aos ares após a explosão de bombas bem colocadas, transformando o mais pacífico dos jogadores em um maníaco que quer ver o mundo pegar fogo, bem ao estilo da série.

O jogo acaba sendo mais bem aproveitado se seus oponentes são humanos. O game oferece partidas de multiplayer local, com a tela dividida, e um modo on-line, com níveis, clãs e várias recompensas à medida que você completa mais partidas. A intenção de lançar essa versão apenas com o multiplayer é clara, tamanha a diferença entre os dois modos apresentados.

Com um pé no passado e outro no presente, Twisted metal se sai muito mal ao tentar se adequar ao modelo dos blockbusters de hoje – a maior prova disso é o modo de campanha com uma história que não empolga. Mas nas batalhas e principalmente em modos multiplayer, o game consegue oferecer exatamente o que consagrou a série, ainda nos idos do primeiro PlayStation: a diversão de destruir tudo da forma mais extravagante possível.

Twisted metal

» Produção: Sony Computer Entertainment
» Desenvolvimento: Eat Sleep Play
» Plataforma: Exclusivo para PlayStation 3
» Número de jogadores: 1 (singleplayer), 4 (multiplayer local) e até 16 (multiplayer on-line)
» Preço: R$ 199

Não recomendado para menores de 12 anos

Avaliação
Jogabilidade * * * *
Entretenimento * * *
Gráficos * * *
Som * * * *


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