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Estado de Minas

Vetor Sul de BH ganha polo de excelência ambiental

Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia investe em potencial turístico, cultural e natural já existente na Grande Belo Horizonte e aposta em nicho de inovação de pesquisa e negócios


postado em 13/05/2012 09:56 / atualizado em 13/05/2012 14:48

Projeto do Observatório das Águas que será construído no Inhotim (foto: In Cubus Arquitetos Associados/Divulgacao)
Projeto do Observatório das Águas que será construído no Inhotim (foto: In Cubus Arquitetos Associados/Divulgacao)

Reunir o monitoramento da qualidade das águas de Minas Gerais, um centro de referência em biodiversidade, um complexo tecnológico focado na inovação ambiental e ecotecnologias e um centro tecnológico da saúde. Esse é o perfil do polo de excelência em inovação ambiental que está prestes a ser implantado em Minas Gerais, em uma área onde convergem meio ambiente, cultura e turismo, e agora ciência e tecnologia, tendo o Inhotim – Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico como instituição âncora do polo e catalizadora dos projetos.

A ideia é fomentar esse eixo do Vetor Sul que sai da capital mineira, em contraponto ao Vetor Norte, que vem recebendo incentivos como a expansão aeroportuária de Confins, o incentivo à instalação de empresas de tecnologia em Lagoa Santa e a própria Linha Verde, implantada ao longo dos últimos anos. Um dos carros-chefes na área de ciência e pesquisa é o Observatório das Águas de Minas Gerais-Unesco/Inhotim, onde serão desenvolvidos estudos e tudo o que envolver o monitoramento de bacias hidrográficas via satélite. A região é banhada pelo Rio Paraopeba, importante afluente do Rio das Velhas, maior tributário do São Francisco. A previsão de investimentos no observatório é da ordem de R$ 50 milhões.

“Nossa ideia inicial foi criar um ambiente de inovação nessa área com grande potencial turístico, rica em história e patrimônio, com reserva ambiental e que já tem no Inhotim um local de referência de arte e cultura. Sob coordenação do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), ligado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Renováveis, pretendemos reunir a área técnica da Copasa e do Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), que já atuam com qualidade dos recursos hídricos, num só”, explica o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nárcio Rodrigues.

Dos 853 municípios mineiros, um terço é afetado anualmente pelas chuvas ou pela intensa seca. “Por essa razão, o observatório poderá atuar também na prevenção de acidentes tanto do período chuvoso, fazendo previsão de cheias, como na seca”, acrescenta.

Segundo o secretário, os projetos trabalhados no observatório vão se somar às atividades coordenadas pela Fundação Centro Internacional de Educação, Capacitação e Pesquisa Aplicada em Águas (HidroEX/Unesco), ou Cidade das Águas, baseada em Frutal, no Triângulo Mineiro – onde o objetivo maior é a formação de mão de obra para atuar no controle da qualidade dos recursos hídricos.

Na semana passada, o HidroEX assinou acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para a concessão de 68 bolsas de estudo, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, para estudantes brasileiros e pesquisadores estrangeiros, que participarão de atividades na Holanda e em Minas.

No Observatório das Águas em Inhotim serão desenvolvidas atividades de pesquisa e inovação tecnológica, capacitação de recursos humanos, prestação de serviços especializados (inteligência competitiva, certificação e consultorias), implantação de laboratórios, criação de ambientes de negócios com densidade tecnológica e alto valor agregado e outros programas. “A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem 25 centros de gestão das águas no mundo, sendo um deles em Frutal. Nossa expectativa é de candidatarmos o estado a abrigar a coordenação mundial desse conselho gestor, o que daria um caráter internacional aos projetos”, diz Nárcio Rodrigues.

No que diz respeito às indústrias limpas de alto valor agregado, o secretário garante que haverá articulação para atrair empresas que tenham vocação em tecnologia ecológica, voltada para a sustentabilidade, para formar um complexo à luz da inovação ambiental. “Queremos fomentar a criação de um parque tecnológico, com incubação de pequenas empresas, pesquisadores, com a participação de ao menos 17 universidades e centros científicos.” Além disso, é intenção que sejam articulados programas de Estado – alguns já em andamento – de promoção de desenvolvimento sustentável.

Já o centro de referência em biodiversidade se somará aos trabalhos de pesquisa já desenvolvidos pelo jardim botânico do Inhotim. Segundo a superintendente de Ciência e Tecnologia e Inovação Ambiental da Sectes, Déa Fonseca, o polo de excelência em inovação ambiental vai se somar aos demais já existentes: do café, em Lavras; e leite e derivados, em Juiz de Fora; polo mineral e metalúrgico, em Belo Horizonte e Ouro Preto; e o de florestas, em Viçosa. “Todos eles integram o projeto estratégico do governo estadual Rede Inovação Tecnológica (RIT), coordenado pela secretaria.


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