Barcelona – Um novo jogo começa a movimentar as mesas de restaurantes e bares no mundo: o phone stacking (ou empilhamento de telefones, em português). Todos que estão à mesa devem colocar os celulares um em cima do outro até formar uma pilha. Feito isso, quem for o primeiro a pegá-lo tem que pagar a conta. A disputa é um desafio aos nomofóbicos – nome dado a quem tem medo de ficar muito tempo sem o celular – e está se tornando necessária para que as pessoas aprendam a lidar com a tecnologia. E se já está assim com um aparelho, saiba que a tendência é de que, daqui a oito anos, cada ser humano tenha três smartphones e esteja cada vez mais interconectado a tudo que o cerca, como o carro, a casa e até hospitais.
Esse número foi apresentado durante o Mobile World Congress (MWC), o maior evento do mundo sobre dispositivos móveis, realizado em Barcelona, Espanha, na semana passada. Segundo o GSMA, grupo responsável pelo MWC, até 2020 serão 24 bilhões de aparelhos no planeta, que, ao se conectarem com outros objetos, edifícios e automóveis, serão responsáveis por um impacto de mais de US$ 4,5 trilhões na economia global. “Hoje, o mercado de dispositivos de conexão está dominado por telefones celulares, mas isso vai mudar quando novos smartphones, tablets e eletrônicos de consumo estiverem ligados em carros, serviços de saúde e até em cidades inteiras”, disse Michael O’Hara, diretor do departamento de marketing da GSMA, durante o evento.
Quem vai liderar essa demanda pela conectividade são os carros. A GSMA prevê que 90% dos novos veículos em 2020 estarão em total confluência com os smartphones. Os serviços de recuperação dos veículos por meio de GPS e entretenimento a bordo serão os mais utilizados pelos usuários da telefonia móvel, o que deve gerar US$ 600 bilhões para a economia. “A indústria de comunicação está criando uma ‘economia conectada’ pelo globo, investindo em redes, na criação de empregos e contribuindo para os fundos públicos”, disse Anne Bouverot, diretora-geral da GSMA, durante o MWC.
Logo atrás, vem o monitoramento remoto dos pacientes pelos médicos e enfermeiros de hospitais conectados. A diminuição da despesa para o governo e para a rede hospitalar é apontada como principal vantagem da inclusão tecnológica nesses ambientes. Até 2020, US$ 350 bilhões serão gerados em lucro após a adoção de sistemas de conexão.
Poderosos
Além de aumentarem em quantidade, os smartphones também estarão mais poderosos, a curto prazo, para aguentar todas essas novas funções de conectividade. Durante a MWC, fabricantes de processadores e placas gráficas, como a Qualcomm, apresentaram inovações que devem estar presentes nos celulares a partir do segundo semestre deste ano. Por sua vez, a Nvidia, especializada em processamento gráfico, anunciou os primeiros smartphones com processador quad-core, com fornecimento pelo menos cinco vezes superior aos chips tradicionais e com maior duração de bateria.
O congresso mostrou novos modelos de smartphones, com designs mais atrativos, elegantes e com funções mais elaboradas. Assistiu também ao lançamento do Windows 8 – adaptado para dispositivos móveis e que chega para brigar com o Android, do Google – e ao flerte de navegadores como o Chrome e o Mozilla com os fabricantes de smartphones, o que poderá baratear os aparelhos. E viu os chamados tabletphones, híbridos de tablets e smartphones buscando seu lugar ao sol na preferência dos consumidores.
Esse número foi apresentado durante o Mobile World Congress (MWC), o maior evento do mundo sobre dispositivos móveis, realizado em Barcelona, Espanha, na semana passada. Segundo o GSMA, grupo responsável pelo MWC, até 2020 serão 24 bilhões de aparelhos no planeta, que, ao se conectarem com outros objetos, edifícios e automóveis, serão responsáveis por um impacto de mais de US$ 4,5 trilhões na economia global. “Hoje, o mercado de dispositivos de conexão está dominado por telefones celulares, mas isso vai mudar quando novos smartphones, tablets e eletrônicos de consumo estiverem ligados em carros, serviços de saúde e até em cidades inteiras”, disse Michael O’Hara, diretor do departamento de marketing da GSMA, durante o evento.
Quem vai liderar essa demanda pela conectividade são os carros. A GSMA prevê que 90% dos novos veículos em 2020 estarão em total confluência com os smartphones. Os serviços de recuperação dos veículos por meio de GPS e entretenimento a bordo serão os mais utilizados pelos usuários da telefonia móvel, o que deve gerar US$ 600 bilhões para a economia. “A indústria de comunicação está criando uma ‘economia conectada’ pelo globo, investindo em redes, na criação de empregos e contribuindo para os fundos públicos”, disse Anne Bouverot, diretora-geral da GSMA, durante o MWC.
Logo atrás, vem o monitoramento remoto dos pacientes pelos médicos e enfermeiros de hospitais conectados. A diminuição da despesa para o governo e para a rede hospitalar é apontada como principal vantagem da inclusão tecnológica nesses ambientes. Até 2020, US$ 350 bilhões serão gerados em lucro após a adoção de sistemas de conexão.
Poderosos
Além de aumentarem em quantidade, os smartphones também estarão mais poderosos, a curto prazo, para aguentar todas essas novas funções de conectividade. Durante a MWC, fabricantes de processadores e placas gráficas, como a Qualcomm, apresentaram inovações que devem estar presentes nos celulares a partir do segundo semestre deste ano. Por sua vez, a Nvidia, especializada em processamento gráfico, anunciou os primeiros smartphones com processador quad-core, com fornecimento pelo menos cinco vezes superior aos chips tradicionais e com maior duração de bateria.
O congresso mostrou novos modelos de smartphones, com designs mais atrativos, elegantes e com funções mais elaboradas. Assistiu também ao lançamento do Windows 8 – adaptado para dispositivos móveis e que chega para brigar com o Android, do Google – e ao flerte de navegadores como o Chrome e o Mozilla com os fabricantes de smartphones, o que poderá baratear os aparelhos. E viu os chamados tabletphones, híbridos de tablets e smartphones buscando seu lugar ao sol na preferência dos consumidores.