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Estado de Minas

Feministas chamam Feliciano de 'estuprador' e fazem ato contra ele na sede do PSC

A mulheres escreveram palavras contra o parlamentar e pediram que ele seja investigado pela legenda


postado em 12/08/2016 14:31 / atualizado em 12/08/2016 16:45

(foto: TV Brasil/Divulgacao )
(foto: TV Brasil/Divulgacao )

Militantes de movimentos feministas protestaram na porta do PSC, em São Paulo, contra o deputado pastor Marco Feliciano. As mulheres repudiam o fato de a legenda ter mantido o parlamentar como liderança na Câmara e não ter sequer decidido investigar as denúncias feitas pela estudante Patrícia Lélis, 22 anos, contra ele. Ela também era militante da legenda e acusa Feliciano de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.

Nas paredes sede do partido em São Paulo foram pichadas com as frase “Fora Feliciano estuprador”. As manifestantes ainda colocaram calcinhas com tinta vermelha - como se estivessem ensanguentadas -, para simbolizar a luta das mulheres contra a cultura do estupro.

“O partido em vez de tomar medidas contra Feliciano está querendo punir a menina. Ameaçou processá-la e todo mundo que nas redes e nas ruas estão se levantando para denunciar a cultura do estupro no Brasil”, afirmou Sâmia Bonfim, que participou do ato. A mulher ainda afirmou que no momento do protesto integrantes da legenda tentaram prendê-la dentro da sede do partido, mas ela conseguiu escapar com a ajuda de outras manifestantes e de quem passava pelo local.

“Feliciano está sendo denunciado por uma vítima de estupro e, na verdade, o partido está protegendo ele. O que nós queremos é que essa investigação seja feita até fim e que Feliciano seja expulso do Congresso Nacional, porque nós não permitimos que estupradores sejam protegidos, ainda mais um deputado”, afirmou Silvia Ferraro que também participou do escracho.

A reportagem tentou contato com a assessoria de Feliciano e com o partido, mas não conseguiu contato.

Vídeo Gabriel Lindenbach



Nas denúncias que fez, Patrícia Lélis afirmou que a legenda "sempre soube da denúncia", mas pediu que ela "ficasse calada". Na noite do último domingo, a estudante registrou boletim de ocorrência contra Feliciano em uma delegacia de Brasília, por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão. Segundo o relato, o suposto crime aconteceu na manhã do dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar na capital federal.

Na quarta-feira, parte da bancada feminina na Câmara apresentou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB), uma representação para que Marco Feliciano seja investigado no Conselho de Ética da Casa. O pedido leva em consideração as acusações.

Uma representação contra Feliciano também já se encontra com o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O documento foi encaminhado ao MPF no mesmo dia em que a jovem depôs na Polícia Civil de São Paulo, após vir à tona pela imprensa gravações de áudio dela com o chefe de gabinete do deputado e mensagens de WhatsApp da jornalista com o próprio deputado indicando que ela foi violentada pelo pastor e que o PSC teria atuado para abafar o caso.


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