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Estado de Minas

Ex-diretor da Petrobras participou de reunião com campanha de petista

Paulo Roberto Costa disse que, em um dos encontros, "foi listada uma série de empresas que podiam contribuir com a campanha para o cargo político que ele estava concorrendo"


postado em 11/10/2014 17:34

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa participou de reuniões com a equipe da campanha do senador Lindbergh Farias (PT) para as eleições deste ano. À Justiça, Costa disse que, em um dos encontros, “foi listada uma série de empresas que podiam contribuir com a campanha para o cargo político que ele estava concorrendo”. A lista, com o nome de grandes empreiteiras, foi encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-diretor. O petista terminou o primeiro turno em quarto lugar.

A participação de Paulo Roberto Costa na campanha de Lindbergh foi confirmada pela assessoria do senador ao jornal Folha de S.Paulo. O petista nega, porém, que o ex-diretor tenha participado da captação de doações. "Em janeiro de 2014, Paulo Roberto Costa esteve em três reuniões de preparação do programa de governo. Nessas ocasiões, tão somente discutiu com especialistas propostas para a área em que detinha conhecimento, a de óleo e gás", afirmou a assessoria de Lindbergh à Folha.

No depoimento à 13ª Vara Federal de Curitiba, que faz parte de acordo de delação premiada, Costa não citou o nome do senador. Ele seguiu orientação do juiz Sérgio Moro que pediu para que ele não falasse o nome de políticos com direito a foro privilegiado. "Eu participei, acho, que de umas três reuniões com esse candidato lá do Rio de Janeiro, como outras pessoas também participaram. E foi listada uma série de empresas que podiam contribuir com a campanha para o cargo político que ele estava concorrendo. E essa planilha foi, então, encontrada na minha casa.”

Na planilha apreendida na casa do ex-diretor da Petrobras, havia anotações sobre seis empresas e suas possíveis contribuições para a campanha: Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope RH e Toyo/Cetal. À Folha, a Hope RH disse que não fez doações ao petista; a Engevix disse que "irá contribuir com as investigações, prestando todos os esclarecimentos necessários"; a UTC afirmou fazer contribuições em respeito à lei e a Mendes Júnior não se manifestou. A Iesa e com a Toyo/Cetal não foram localizadas.

Costa fez acordo de delação premiada em relação à participação em esquema revelado pela Operação Lava Jato, da PF e do Ministério Público Federal, de suposta lavagem de dinheiro, com movimentação de R$ 10 bilhões.


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