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Estado de Minas

Novos partidos mantêm velhos conchavos

A criação de partidos abre espaço para parlamentares e novos políticos buscarem o melhor caminho para se elegerem mais facilmente em 2014


postado em 26/09/2013 06:00 / atualizado em 26/09/2013 07:25

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)
A formalização do PROS e do Solidariedade acionou ontem o gatilho das migrações partidárias de uma legião de deputados federais e estaduais em situação desconfortável em suas legendas. Sem qualquer preocupação com plataformas programáticas, as novas siglas, mais uma vez, representam neste momento apenas uma janela segura para a mudança de legenda sem risco de perder o mandato. O velho balcão de negociações atingiu o clímax no mercado partidário ontem à tarde, em Brasília, onde os deputados federais candidatos a ir para o PROS e para o Solidariedade tentavam arrancar garantias de que se se filiassem, teriam nas novas “casas” mais peso político do que têm nas atuais siglas. Uma outra avaliação corrente muito considerada foi a de quais são as chances de sucesso eleitoral nos novos partidos. PROS e Solidariedade já nascem em posição para a disputa política do ano que vem: o primeiro será base do governo Dilma. Na oposição estará o Solidariedade.


O deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) – que no início do mês teve um ex-assessor preso pela Polícia Federal por envolvimento com fraudes em prefeituras – foi o primeiro a arrumar a mala. “Vou para o PROS, já está certo”, anunciou. Ele reclama espaço político para uma candidatura majoritária no ano que vem. “Pleiteei a vaga para concorrer ao Senado,  mas há conversa entabulada com Josué Gomes da Silva (filho de José Alencar Gomes da Silva)”, explicou-se Ademir Camilo. De Minas, também pretende filiar-se ao PROS a deputada estadual Liza Prado (PSB). Os socialistas em Minas estão cada vez mais próximos do PSDB. No plano nacional, a legenda se distancia do PT para o lançamento da candidatura ao Palácio do Planalto de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. No PROS, Liza Prado, irmã dos deputados federal Weliton Prado e estadual Elismar Prado (PT), estará mais confortável.

Portas abertas

Politicamente bem próximo do PSDB, o Solidariedade em Minas tem na base o ex-deputado estadual Luís Carlos Miranda, presidente da Força Minas, braço político no estado do deputado federal Paulinho da Força Sindical, fundador do partido. Para atrair deputados federais do estado interessados em migrar, a nova sigla prometia a condução da legenda em Minas. Foram mantidas conversas com o deputado federal Jaime Martins (PR), Dr. Grillo (PSL) e José Humberto (PHS). Mas Martins, que havia recebido convite do PROS, tendia a filiar-se ao PSD. “Ainda não tenho uma decisão, mas recebi convite do PSD, do Solidariedade, também do PROS e da Rede. Estou em fase de ouvir”, afirmou.

A preocupação de Martins é escolher uma legenda que lhe dê possibilidade política para alçar voos altos. “O PSD já é consolidado, tem bancada importante. Temos de ver como os novos vão nascer, se terão bancadas importantes, pois não gostaria de ir para um partido pequeno, com pouco tempo de televisão”, sustenta o deputado, que acredita ter condições de se desfiliar em acordo com o PR, sem perder o mandato. Já José Humberto, convidado pelo PSDB, PSD e PSB, pende para o Solidariedade. E Dr. Grillo ainda hesita se de fato deverá mudar. “Tive o convite, mas por enquanto fico no PSL pois conheço o trabalho que é feito para a construção das chapas. Vou precisar de 35 mil a 40 mil votos para me reeleger. Sair por quê?”, avalia Dr. Grillo.

Espaço político

A poucos dias do final do prazo – 5 de outubro – para que candidatos em 2014 se filiem às legendas, a temporada é de voos altos. O PSB já conta com a filiação do presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, e do ex-deputado federal Tarcísio Delgado, que foi do PMDB. Já Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes e ex-prefeito de Uberaba, que havia deixado o PMDB, já está no PT.

O momento é também de busca por  espaço político nas atuais siglas. Ameaçando comandar uma debandada de seis deputados estaduais do PSD, Alexandre Silveira, secretário de Estado de Gestão Metropolitana, foi a Brasília ontem exigir de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, independência  em Minas para que o partido se mantenha no campo político tucano, em tendência oposta à nacional. “O PSD em Minas tem todas as garantias dadas pela Executiva Nacional de que terá liberdade para tomar a decisão de qual candidatura irá apoiar no ano que vem. A minha saída do PSD colocaria o partido no colo de Fernando Pimentel”, afirma Silveira.

 


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