O Brasil sediará, a partir de segunda-feira (28), a 37ª Reunião Consultiva do Tratado da Antártida, que define o uso do continente apenas para fins pacíficos, com liberdade de investigação científica e compartilhamento dos resultados das pesquisas. O evento será realizado em Brasília até o dia 7 de maio e contará com 300 representantes de 50 países e entidades com atuação na Antártida, que deverão apresentar resultados de pesquisas e suas posições sobre o continente gelado.
Maria Rita disse que a retirada dos escombros e o início do programa de remediação ambiental na área afetada pelo incêndio foi exitoso e, por isso, o plano de reconstrução da base, que o governo pretende iniciar até o fim do ano, foi aprovado pelos outros países sem problemas. Apesar do prejuízo para o Brasil, o diretor do Departamento de Meio Ambiente do MRE, ministro José Raphael Azeredo, ressalta que as pesquisas brasileiras aumentaram depois do incidente, com o aumento de investimentos.
Apesar de ser o principal posto brasileiro, a estação não é a única base de atuação brasileira no continente. Em outubro de 2013, foi iniciada a 32ª Operação Antártica (Operantar 32), com a partida do Navio Polar Almirante Maximiano e do Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e duração de um ano. Entre as áreas de pesquisa estão biodiversidade, ecossistema, oceanografia, glaciologia e geologia, e investigações sobre mudanças climáticas na região e suas consequências para o mundo.
O Brasil começou a fazer parte do Tratado da Antártida em 1975 e tem programa de atividades no continente desde 1982. No ano seguinte, foi aceito como parte consultiva. Além do Brasil, também estão nesse grupo África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Bulgária, Chile, China, Equador, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Polônia, Reino Unido, República da Coreia, República Tcheca, Rússia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.