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Estado de Minas

Em depoimento, irmão da Eloá chama Lindemberg de 'monstro'

Em vários momentos, Ronickson ficou com a voz embargada


postado em 15/02/2012 09:10

São Paulo – O irmão mais velho de Eloá, Ronickson Pimentel dos Santos, foi a primeira testemunha a depor na manhã dessa terça-feira. Ele disse que não aprovava o namoro de Eloá – que tinha 15 anos à época do crime – com o réu e que chegou a discutir uma vez com Lindemberg depois de a garota afirmar ter sido agredida pelo rapaz. “Ele é um monstro, louco, agressivo”, afirmou o rapaz durante o depoimento, que durou cerca de uma hora e meia.

Em vários momentos, Ronickson ficou com a voz embargada. Em um deles, comentou sobre a doação dos órgãos de Eloá. “Minha mãe tomou uma atitude linda”, afirmou. Ronickson também ficou emocionado ao falar que a irmã sonhava ser veterinária e quando relatou que o irmão mais novo, Everton Douglas Pimentel, mudou bastante após a morte de Eloá. Ele teria apresentado a irmã a Lindemberg e se sentiria culpado pelo crime, de acordo com o rapaz. “Minha família mudou totalmente, ficou um vazio. Estamos tentando nos reerguer, mas a saudade fica. A ferida não sara”, afirmou o rapaz, que relatou também que o nascimento de seu filho, há sete meses, está ajudando a família.

Durante o depoimento, a defesa de Lindemberg tentou mostrar uma aproximação entre Ronickson e a família do acusado. O rapaz foi questionado se havia saído com Lindemberg uma semana antes do crime e ele respondeu que sim, mas estava acompanhado por outros amigos. Ronickson disse também que ainda mantém a amizade com um sobrinho de Lindemberg, mas que é a única pessoa da família do réu com quem ele ainda tem contato.

HOSTILIDADES

Os trabalhos ontem começaram por volta das 9h30, cerca de uma hora depois da chegada do acusado ao Fórum de Santo André, no ABC Paulista. Lindemberg passou a noite no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, a 30 quilômetros do fórum.

Na chegada, a advogada Ana Lúcia Assad foi bastante hostilizada por populares. Ela foi chamada de “defensora de assassino”. Ana Lúcia afirmou que entende a emoção provocada pelo julgamento, mas lembrou que exerce o papel constitucional. “O Lindemberg tem direito a uma defesa técnica. Só com essa defesa pode-se manter justiça”, ponderou.


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