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Estado de Minas

Porto Rico se prepara para sua pior tempestade em um século


postado em 19/09/2017 16:22

Porto Rico aguarda com angústia a chegada do furacão Maria, descrito como extremamente perigoso pelos meteorologistas e como a maior tempestade em um século pelas autoridades, duas semanas depois de a passagem de Irma deixar sem eletricidade mais de 50.000 pessoas.

Depois de devastar a ilha de Dominica na segunda-feira à noite, Maria - que oscila entre as categorias 4 e 5, o nível máximo na escala Saffir-Simpsond - continua a atingir as Antilhas Menores com ventos de 260 km/hora.

Agora se dirige para as Ilhas Virgens americanas e vai passar por Porto Rico na quarta-feira, antes de virar para o Atlântico Norte.

O governador porto-riquenho Ricardo Rosselló Nevares fez um apelo dramático na manhã desta terça-feira para que a população deixasse as áreas vulneráveis da ilha, um território americano.

O fenômeno atmosférico "deve ser o pior do (último) século em Porto Rico", disse Rossello, acrescentando que "é hora de agir" para proteger vidas.

Ele pediu que se esqueça "as categorias, os números 4 ou 5 (na escala Saffir-Simpson), porque este é um evento muito violento (...) A prioridade deve ser proteger a vida".

"Esta não será uma situação de 72 horas", acrescentou, antecipando que, após a passagem de Maria, o sistema de energia e telecomunicações provavelmente não funcionará pela possível queda de torres.

O diretor nesta ilha caribenha do Serviço Meteorológico Nacional (SNM) dos Estados Unidos, Roberto García, reafirmou que o ciclone Maria é "extremamente perigoso".

De acordo com Garcia, em Porto Rico, "nós não tivemos uma ameaça tão grande desde 1928, com San Felipe. Este se aproxima dessa intensidade".

Naquele ano, o furacão Okeechobee, também chamado "San Felipe Segundo", atingiu a categoria 5 e matou 300 pessoas em Porto Rico, de acordo com um documento da Administração Atmosférica NOAA.

O Centro Nacional de Furacões (NHC) espera 45 cm de chuva - e até 63 cm em algumas áreas -, bem como ondas perigosas que elevarão o nível do mar entre 2 e 3 metros.

- "Tenho medo" -

Os porto-riquenhos estocavam produtos de primeira necessidade e protegiam suas casas, enquanto que na região turística de Condado, na capital, hotéis e empresas bloqueavam suas janelas com tábuas de madeira.

Enquanto isso, os motoristas esperavam em longas filas para abastecer seus veículos.

"Não nego que tenho medo, estou preocupada porque é a primeira vez que vejo um furacão de tal magnitude", afirma Noemí Avilés Rivera, uma professora de 47 anos que vivenciou as tempestades Hugo, há 28 anos, e Georges, há 19.

"Estou bem preparada, tenho o necessário no momento, mas me preocupo com a ansiedade que causa nas pessoas, porque é contagiosa", acrescentou.

Rosselló Nevares anunciou que o governo conta com 40 empreiteiros para as obras de recuperação de estradas, bem como 214 médicos e socorristas voluntários.

Também anunciou a abertura de 500 abrigos com capacidade para 66.826 pessoas, número que poderia ser aumentado para 133.352 em caso de extrema urgência.

A prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruz Soto, disponibilizou dois abrigos e antecipa a abertura de vários outros.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma declaração antecipada de estado de emergência para Porto Rico, o que facilitaria o envio de recursos federais para a ilha em caso de grandes danos.

O representante para o Caribe da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), Alejandro de la Campa, anunciou em San Juan que a agência possui navios, helicópteros e grupos de especialistas para responder a eventos catastróficos.

A Guarda Costeira americana também mobilizou barcos e aviões em Porto Rico e nas Ilhas Virgens americanas.

Além disso, Rosselló decretou Lei Seca nesta terça-feira a partir do meio-dia por um período de 48 horas. O governador recomendou que os porto-riquenhos se preparem para passar um longo período sem eletricidade devido à fragilidade do sistema da estatal Autoridade de Energia Elétrica (AEE).


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