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Estado de Minas

Crime bárbaro: jornalista sueca teve corpo mutilado dentro de submarino

Testes de DNA realizados na Dinamarca confirmaram que o pedaço de corpo encontrado ao sul de Copenhagen é de Kim Wall, que entrou na embarcação para uma entrevista e desapareceu


postado em 23/08/2017 06:16 / atualizado em 23/08/2017 12:39

(foto: Liselotte Sabroe / Scanpix Denmark / AFP)
(foto: Liselotte Sabroe / Scanpix Denmark / AFP)

O torso humano encontrado no mar da Dinamarca pertence à jornalista sueca que desapareceu em 10 de agosto a bordo de um submarino projetado por um inventor que ela viajou para entrevistar - informou a Polícia.

Este torso de mulher, cujos braços, pernas e cabeça foram "deliberadamente seccionados", segundo a necropsia, foi encontrado na segunda-feira por uma pessoa que estava na baía de Køge", 50 quilômetros ao sul de Copenhague.


O inventor dinamarquês Peter Madsen, de 46 anos, é suspeito de "homicídio culposo por negligência", mas o comandante da Polícia Criminal em Copenhague, Jens Møller Jensen, não descartou a possibilidade de modificar a acusação.


A identificação do corpo decapitado foi realizada com base em uma amostra de DNA extraída do tronco mutilado e de uma escova de dentes e de um pente que pertenciam à jornalista, disse Møller Jensen em uma entrevista coletiva.


A polícia também encontrou sangue de Kim Wall no submarino.


O torso havia sido atado a uma peça de metal para permanecer no fundo do mar. As "feridas" levam a pensar que alguém tentou "garantir que o ar e o gás saíssem do corpo para que não subisse à superfície", afirmou o policial.

(foto: Martin Sylvest / Scanpix Denmark / AFP)
(foto: Martin Sylvest / Scanpix Denmark / AFP)


Há vários dias os investigadores realizam buscas na região, com helicópteros, barcos e uma equipe de mergulhadores. As operações prosseguem para tentar encontrar outras partes do corpo.


Dor e raiva


Kim Wall, uma jornalista freelancer de 30 anos que trabalhava entre Nova York e a China, embarcou em 10 de agosto no submarino "Nautilus", ao lado do próprio inventor Peter Madsen, para fazer uma reportagem.


Seu namorado denunciou o desaparecimento em 11 de agosto. No mesmo dia, Madsen, de 46 anos, foi resgatado pelas autoridades dinamarquesas em Öresund, entre a costa da Dinamarca e da Suécia, antes do naufrágio do submarino.


A polícia acredita que o inventor provocou o naufrágio do "Nautilus" de modo deliberado. A embarcação foi erguida à superfície e examinada pela perícia.


Em um primeiro momento, Madsen afirmou que a jornalista havia desembarcado na ilha de Refshaleoen, em Copenhague, na noite de 10 de agosto.


Depois de ser detido, ele mudou sua versão e afirmou que Wall havia falecido em um "acidente" e que ele jogou o corpo no mar, na baía de Køge.


(foto: AFP/TT NEWS AGENCY / AFP)
(foto: AFP/TT NEWS AGENCY / AFP)

Para a advogada de Madsen, a identificação do corpo de Kim Wall não muda a tese da defesa, ainda mais levando-se em consideração que a necropsia não permitiu esclarecer as causas da morte.


"Meu cliente e eu estamos satisfeitos por, finalmente, ter sido estabelecido que (o torso) de Kim Wall foi o encontrado", declarou Betina Hald Engmark, citada pela Dansk Radio.


Após o anúncio das autoridades dinamarquesas, a mãe da jornalista expressou em sua página do Facebook sua "dor e raiva infinita".


O "UC3 Nautilus" era o maior submarino de fabricação caseira do mundo no momento de sua construção em 2008 por Peter Madsen, com a ajuda de um grupo de voluntários.


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