Mais de 100 comerciantes de um mercado de Pequim protestaram nesta sexta-feira contra sua expulsão, no momento em que a capital chinesa busca limitar o crescimento demográfico.
Os vendedores, concentrados diante de um mercado varejista próximo do zoológico municipal, na zona oeste da cidade, desafiaram os policiais que os cercaram e breves confrontos foram registrados.
"Ao menos três pessoas ficaram feridas e duas foram hospitalizadas", disse um manifestante, procedente de Hebei, norte da China.
Muitos comerciantes não são de Pequim e sim de outras regiões do país.
Os comerciantes afirmaram à AFP que receberam na semana passada a ordem de abandonar determinadas áreas do mercado até sábado e o conjunto do edifício antes do fim de junho.
"Pago um aluguel por quatro posições depois de assinar um contrato de 20 anos. Viemos a Pequim para ajudar nossos filhos e agora não temos para onde ir", declarou Ye, nascida na província de Zhejiang (leste).
"Não pedimos muito, apenas uma indenização justa", explica a mulher de 33 anos, que vende bolsas e carteiras.
O município de Pequim anunciou que deseja limitar a população a 23 milhões até 2020.
Atualmente 21 milhões de pessoas moram em Pequim, sem levar em consideração as pessoas não registradas.