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Estado de Minas

Trump chama israelenses e palestinos a tomar 'decisões difíceis'


postado em 23/05/2017 13:16

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um chamado a israelenses e palestinos a tomar "decisões difíceis" que se impõem para alcançar a paz, antes de deixar Jerusalém sem ter declarado publicamente como agirá para obter o que chama de "último" acordo.

Depois de suas reuniões, na segunda-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e nesta terça-feira com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Belém (na Cisjordânia Ocupada), o próprio Trump afirmou que "está pessoalmente decidido a ajudar a alcançar um acordo", e destacou que ambos os lados querem a paz.

"Entretanto, alcançar a paz não será fácil, todos sabemos", lançou durante o segundo e último dia de sua visita. "As duas partes deverão tomar decisões difíceis", disse na presença de Netanyahu.

O chamado a tomar decisões difíceis, com reminiscências dos lançados por seus antecessores que fracassaram na tentativa de solucionar o conflito, representa o único momento em que Trump expressou abertamente uma relativa expectativa sobre as duas partes.

Ao contrário, durante sua estadia de menos de 30 horas, Trump evitou mencionar uma solução "de dois Estados", o que envolve a criação de um Estado palestino independente.

Esta solução continua sendo a referência para grande parte da comunidade internacional. Mas Trump alertou os palestinos em fevereiro para que se afastassem desta ideia.

- Fazer "todo o possível" -

O presidente americano não tratou publicamente sobre questões concretas como a colonização, as fronteiras e o status de Jerusalém. Tampouco mencionou sua promessa de transferir a embaixada de seu país em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, assunto muito sensível para palestinos e árabes em geral.

Durante o encontro em Belém, Abbas expressou novamente o sonho palestino de um Estado independente, "com as fronteiras de 1967, um Estado palestino com Jerusalém leste como capital, vivendo junto ao Estado de Israel em segurança e em paz".

A curta passagem de Trump por Belém ficou obscurecida pelo atentado que matou 22 pessoas na saída do show de Ariana Grande, na noite de segunda-feira em Manchester. Trump começou sua declaração com Abbas condenando um ato de "perdedores maléficos".

Fez referência ao que atingiu "pessoas jovens, bonitas e inocentes, que viviam e desfrutavam de sua vida, assassinadas por perdedores maléficos", acrescentando que os terroristas e os extremistas, assim como os que os apoiam, devem ser "eliminados para sempre de nossas sociedades".

Trump mencionou somente o conflito israelense-palestino em termos gerais, declarando querer fazer "todo o possível [de sua parte] para ajudar israelenses e palestinos a alcançar a paz que lhes foge há quase 70 anos".

- "Não com Donald J. Trump!" -

Trump, que dava seus primeiros passos sobre o terreno de um dos conflitos mais antigos do mundo, contemplou uma das realidades mais chocantes ao percorrer a estrada de Jerusalém a Belém.

Seu comboio cruzou o muro erguido por Israel para "se proteger" dos ataques palestinos e pelo não menos impressionante "checkpoint" que controla a passagem de Belém a Jerusalém.

Uma grande parte da cidade de Belém vive à sombra do muro, uma "barreira de segurança" para os israelenses e um "muro do apartheid" para os palestinos.

O horizonte entre israelenses e palestinos nunca pareceu tão obscuro e distante. As últimas negociações, com a mediação dos Estados Unidos, estagnaram em 2014.

O ano de 2017 marca o 50º aniversário da ocupação e colonização dos israelenses nos territórios palestinos.

Durante os dois dias de visita, Trump expôs uma visão da solução do conflito, diretamente relacionada com a resolução dos problemas da região.

A convergência de interesses entre os países árabes e Israel ante a ameaça do extremismo e do Irã representa para ele uma "rara oportunidade", que compreende acabar com o conflito israelense-palestino, disse.

Trump também multiplicou as declarações e os atos de amizade com Israel e com o povo judeu. Depois de ser o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a visitar o Muro das Lamentações, depositou flores no memorial da Shoah.

O chefe de Estado americano prometeu defender Israel. "Os dirigentes iranianos pedem frequentemente a destruição de Israel. Não com Donald J. Trump", declarou.


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