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Estado de Minas

EUA endurecem as regras para concessão de vistos para turismo e negócios

New York Times diz ordem é aprofundar entrevistas e checar até e-mails e redes sociais de candidatos


postado em 23/03/2017 21:14 / atualizado em 23/03/2017 21:59

O ministro das relações exteriores saudita, Adel al-Jubeir, e o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson (D), durante encontro em Washington nesta quinta-feira(foto: NICHOLAS KAMM/AFP)
O ministro das relações exteriores saudita, Adel al-Jubeir, e o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson (D), durante encontro em Washington nesta quinta-feira (foto: NICHOLAS KAMM/AFP)

O governo Donald Trump decidiu aumentar os procedimentos de segurança antes de conceder vistos de turismo, negócios e para familiares de residentes. Com isso, deve dificultar a vida de milhões de visitantes que planejam viajar para os Estados Unidos. As informações são do jornal The New York Times.

Mensagens diplomáticas enviadas na semana passada pelo secretário de Estado Rex W. Tillerson a todas as embaixadas americanas instruíram funcionários consulares a ampliar a investigação nas entrevistas de visto. Essa foi, segundo o jornal, a primeira evidência do "controle extremo" na concessão de vistos que Trump prometeu durante a campanha presidencial.

As novas regras só não devem se aplicar aos 38 países - incluindo a maioria da Europa e aliados de longa data como Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coréia do Sul - cujos cidadãos podem entrar nos Estados Unidos sem vistos. Nenhum país do Oriente Médio ou da África faz parte do programa. 

O Brasil também não está nessa lista. Embora a administração Obama caminhasse em negociações nesse sentido com o Brasil, o visto ainda é exigido e, inclusive, as regras para a renovação do mesmo já foram endurecidas este ano, na administração Trump.

Em 2016, os Estados Unidos emitiram mais de 10 milhões de vistos para visitantes estrangeiros.

As verificações de segurança mais rigorosas para pessoas de seis nações predominantemente muçulmanas ainda aguardam liberação dos tribunais federais, que  bloquearam temporariamente a proibição de viajar imposta por Trump. Mas o presidente americano e sua equipe de segurança nacional decidiram não esperar para endurecer as regras.

Os funcionários da embaixada devem entrevistar detalhadamente amostras mais amplas de requerentes de vistos para determinar se representam riscos de segurança. Segundo o New York Times as novas regras estão detalhadas em quatro comunicações diplomáticas enviadas às embaixadas entre 10 de março e 17 de março.

 

REDES SOCIAIS 

Esse escrutínio extra incluirá fazer aos candidatos perguntas detalhadas sobre seus antecedentes e verificações obrigatórias dos e-mails e perfis dos requerentes em mídias sociais - caso a pessoa já tenha estado em território controlado pelo Estado Islâmico, por exemplo.

Trump tem falado constantemente de sua preocupação com a ameaça de "terrorismo islâmico radical" vinda de imigrantes. Mas não está claro quem, exatamente, será alvo dessa pesquisa “mais detalhada”, pois a escolha dos “alvos” caberia aos agente de segurança de cada embaixada.

Ainda assim, funcionários consulares e advogados de imigração disseram que os movimentos da administração aumentarão a probabilidade de visto negado, além de atrasar, de forma generalizada, todo o burocrático processo de concessão de vistos.

A preocupação com a segurança é inegável, mas advogados temem que as exigências extras e possíveis restrições acabem se baseando em critérios como o nome do viajante ou sua nacionalidade, somente. "Isso vai retardar o processo de triagem e impor uma carga a mais sobre esses candidatos", disse Greg Chen ao NYT, diretor da Associação Americana de Advogados de Imigração. "Vai tornar o processo muito mais difícil e criar atrasos substanciais."

Os informes diplomáticos enviados pelos EUA, que também foram registrados pela agência de notícias Reuters, deixam claro que o governo Trump quer foco mais intenso sobre o potencial de ameaça ao tomar decisões sobre vistos. "Os funcionários consulares não devem hesitar em recusar qualquer caso que indique preocupações de segurança", escreveu o secretário de Estado na mensagem, intitulada “Implementação imediata de aumento nas normas e negativas de pedidos de visto”. “Toda decisão de concessão de vistos é uma decisão de segurança nacional”, completou o secretário.

 

 

 

 


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