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Estado de Minas

A técnica do quimono chega à Semana de Moda Masculina de NY


postado em 06/02/2017 21:01

A estilista japonesa Hiromi Asai apresentou em Nova York, em paralelo à Semana de Moda, sua coleção masculina, em que utilizou as técnicas de confecção e bordado dos quimonos pra reviver essa arte ameaçada de extinção.

Especialista em quimonos, essa estilista de 36 anos apresentou sua primeira coleção em Nova York, durante a semana de moda do ano passado, onde fez uma reinterpretação muito pessoal dessa peça.

Para lançar sua primeira coleção, Asai conseguiu arrecadar 66.000 dólares em uma campanha no site de financiamento participativo Kickstarter.

Mas essa primeira tentativa não foi suficiente para continuar. "O mercado ainda não estava ali", disse em entrevista à AFP utilizando um tradutor.

Ela decidiu, então, se voltar para a moda masculina e apresentar sua coleção, "Blue", na Semana de Moda Masculina de Nova York.

São ternos, gravatas, coletes, jaquetas e casacos com modelagens nada japonesas ou lembrando os famosos quimonos.

"Há um pouco de fantasia, de leveza, mas não muito", disse Asai, que espera, por um lado, encontrar seu nicho no prêt-à-porter de luxo, mas também ajudar a salvar os artesãos do quimono.

No Japão, vários estilistas, entre eles Jotaro Saito, apoiam o setor reinterpretando a lendária peça japonesa e trabalhando com novos materiais.

Decidida a se aventurar no setor masculino, Hiromi Asai colaborou com vários artesãos de todo o Japão que preparavam os tecidos usando a tradição do quimono, usando como matéria-prima a seda, a lã e o algodão.

Para diminuir os preços das peças, negociou diretamente com os artesão sem passar pela rede de intermediários que trabalha nesse mercado, disse a estilista, que teve o apoio de novos investidores para financiar a coleção.

Suas peças podem chegar a custar cerca de 6.000 dólares, mas segundo ela, se tivesse usado intermediários poderia alcançar 20.000 ou até 30.000 dólares.

Instalada desde 2008 em Nova York, Asai preferiu mostrar suas criações no Ocidente porque "a maioria dos homens japoneses seguem as tendências que vêm do exterior".


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