Noventa e dois migrantes que viajavam em cinco embarcações precárias foram resgatados neste sábado na costa espanhola, e outros 22 foram interceptados ao tentarem entrar escondidos em um caminhão no enclave de Melilla, norte da África, informaram autoridades.
Entre os resgatados pelo Salvamento Marítimo e a Guarda Civil, que já estão no porto, há 63 subsaarianos, cuja nacionalidade não foi informada, e 29 argelinos, dois deles mulheres. Todos foram atendidos pela Cruz Vermelha antes de serem encaminhados à polícia.
Ao mesmo tempo, na manhã deste sábado, 22 migrantes foram surpreendidos no fundo duplo de um caminhão quando tentavam entrar em Melilla, cidade espanhola encravada no Marrocos e, juntamente com Ceuta, única fronteira terrestre entre África e União Europeia.
A Guarda Civil espanhola os encontrou graças a um sistema de detecção de batimentos cardíacos, e "apesar de o fundo duplo ter sido muito bem construído, bem soldado e ter a mesma pintura que o restante do caminhão", indicou à AFP a chefe de comunicação da delegação do governo em Melilla, Irene Flores.
Os 22 foram levados para um centro de retenção de migrantes em Melilla, onde poderão solicitar asilo. A concessão deste status é difícil, porque, na maioria das vezes, eles são considerados imigrantes econômicos e devolvidos ao país de origem.
O motorista fugiu e o auxiliar foi preso.
Durante um ato em Sevilha, o ministro do Interior da Espanha, Juan Ignacio Zoido, destacou neste sábado como um desafio "o problema de uma gestão eficaz dos fluxos migratórios". Para ele, "a imigração irregular vai diretamente contra aqueles que devem ser os pilares fundamentais de nossa União (Europeia) e do estado de direito: a lei e a ordem".
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 5.445 pessoas chegaram pelo mar à Espanha entre 1º de janeiro e 30 de setembro. Outras 62 morreram tentando.