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Estado de Minas O IMPROVÁVEL PRESIDENTE

Donald Trump vence Hillary Clinton e é eleito presidente dos EUA

Republicano supera campanha eleitoral marcada por polêmicas e impõe uma derrota humilhante a Hillary Clinton, com vitória em estados como Flórida, Ohio e Pensilvânia


postado em 09/11/2016 06:36 / atualizado em 09/11/2016 06:52

Donald Trump faz primeiro pronunciamento como presidente eleito (foto: MARK WILSON /AFP)
Donald Trump faz primeiro pronunciamento como presidente eleito (foto: MARK WILSON /AFP)

Poucos acreditaram que o magnata Donald Trump, de 70 anos, sequer seria nomeado candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. Até horas antes da apuração das urnas, as pesquisas eleitorais apontavam a derrota do bilionário para a democrata Hillary Clinton. O empresário e apresentador de reality show mostrou na madrugada de hoje que a realidade pode ser mesmo um espetáculo de final imprevisível. Na eleição mais disputada da história recente dos EUA, Trump se elegeu o 45º presidente da maior potência mundial. A apuração confirmou as previsões de que seria a mais concorrida entre os norte-americanos. Trump e Hillary disputaram voto a voto o comando da Casa Branca até o encerramento da apuração, alternando-se na liderança.

Pouco antes das 6h desta quarta-feira, os resultados das urnas confirmaram a maioria necessária para a ele ser eleito. No discurso da vitória, o controverso e falastrão deixou de lado temas polêmicos e pregou união ao defender a reconstrução da infraestrutura e da economia do país. “É tempo de unir o país e ser um povo unido. Serei o presidente de todos os americanos e isso é muito importante para mim”, disse o presidente eleito na sede da campanha em Nova York. Trump elogiou a adversária e disse que Hillary “lutou bravamente”. Ao lado da família, o bilionário falou para seus apoiadores e disse que “todo americano terá oportunidade de atingir seu potencial”, ressaltando que o trabalho será uma de suas meta de governo. “Vamos reconstruir nossa infraestrutura e vamos pôr milhões para trabalhar enquanto fazemos isso”, afirmou.

 

A vantagem de Trump na apuração dos resultados começou a se consolidar a partir da vitória em estados considerados pêndulos, onde não havia definição clara de quem venceria antes da votação. O republicano ganhou a preferência dos eleitores na Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Iowa. Durante a apuração das urnas, a consolidação da vitória de Trump derrubou as bolsas de valores na Ásia. Às 5h, quando Trump já estava matematicamente eleito, a coordenação da campanha da democrata comunicou que Hillary não falaria na madrugada e comentou apenas que a diferença entre os dois candidatos era pequena, sem reconhecer a derrota. Pouco depois, a ex-secretária de Estado ligou para o bilionário para parabenizá-lo e reconheceu a derrota nas urnas.


Trump na Casa Branca é uma fragorosa derrota também para o presidente Barack Obama, fiador da candidatura de Hillary. Com a maioria conquistada no Senado, a tendência é que Trump consiga aprovar com alguma facilidade propostas que contrariam a política adotada por Obama, em especial na área da saúde. Diferentemente do Brasil, a eleição nos EUA é indireta. Cada um dos 50 estados americanos conta com um determinado número de delegados no colégio eleitoral, baseado no tamanho da sua população. Com exceção de Maine e Nebraska, que seguem regras diferentes, o candidato mais votado pelos eleitores leva todos os votos do estado no colégio eleitoral. Para vencer, um candidato precisa de ao menos 270 votos dos 538 totais.


SURPRESAS
Trump abriu a apuração com vantagem. Mas a primeira grande expectativa da madrugada era em torno dos votos na Califórnia, que tem o maior número de delegados, num total de 55. Hillary confirmou vitória na Califórnia, mas perdeu na maior parte dos estados-pêndulo. Na Flórida (29 delegados), onde se concentra a população latina, os dois candidatos se mantiveram empatados até o fim da apuração, que encerrou com surpreendente reviravolta a favor de Trump. A partir daí, a eleição começou a contrariar as previsões de analistas políticos. Os sinais da mudança de rumos no resultado aumentaram com um post de Hillary em sua página no Twitter. “Esse time tem muito para se orgulhar. Independentemente do que acontecer hoje à noite, obrigada por tudo”, escreveu.

Mesmo com o resultado da Califórnia, no meio da madrugada, a democrata não conseguiu abrir vantagem e anunciava forte possibilidade para a vitória do empresário. A tensão se manteve na apuração concorrida cabeça a cabeça na Pensilvânia (20), onde Hillary nasceu, mas que deu vitória para Trump. Ela também foi derrotada no Arkansas, estado governado por Bill Clinton durante dois mandatos. No fim da tarde de ontem, a poucas horas do encerramento das eleições, Donald Trump fez um apelo para que eleitores não deixassem de ir votar. “Não esmoreçam, continuem saindo para votar – essas eleições estão longe do fim! Estamos nos saindo bem, mas ainda resta muito tempo. VAMOS, FLÓRIDA!”, escreveu em sua conta do Twitter. O candidato foi recebido sob vaias ao chegar à escola pública na qual estava registrado para votar, no Upper East Side, em Manhattan (Nova York).


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