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Estado de Minas

Obama afirma que Hillary está pronta para liderar EUA


postado em 28/07/2016 01:16

O presidente Barack Obama utilizou seu grande capital político nesta quarta-feira, na Convenção Nacional Democrata, para alavancar a candidatura de sua correligionária Hillary Clinton, com um intenso e empolgante discurso.

No terceiro e penúltimo dia da Convenção na Filadelfia, Obama garantiu que Hillary Clinton - "respeitada no mundo todo" - está "pronta para ser a próxima comandante-em-chefe do país".

Segundo o presidente, a indicação de Hillary, primeira mulher a concorrer à presidência dos Estados Unidos, rompeu a barreira existente contra as mulheres.

Obama considerou que Hillary é "a única candidata dessa eleição que acredita no futuro" dos Estados Unidos, classificando a ex-secretária de Estado de "líder com projetos concretos para eliminar as barreiras e romper o preconceito e dar mais oportunidades a cada americano".

"Posso dizer, com convicção, nunca houve um homem ou mulher - não eu, não Bill (Clinton), ninguém - mais qualificada do que Hillary Clinton a servir como presidente dos Estados Unidos da América".

Dizendo-se "mais otimista do que nunca sobre o futuro da América", Obama denunciou o profundo pessimismo do Partido Republicano.

Na Convenção Republicana, realizada em Cleveland, na semana passada, alegou o presidente, "não houve soluções sérias para problemas urgentes - apenas a incitação ao ressentimento, culpa, raiva e ódio", sentimentos que têm marcado a atual campanha eleitoral.

Nesse sentido, também criticou o candidato do partido rival, o magnata Donald Trump, por não ser "exatamente um cara ligado aos fatos".

A eleição deste ano, completou, é sobre "o significado da nossa democracia".

"Vamos levar Hillary à vitória", prometeu, convocando a plateia "vocês vão fazer por Hillary o que fizeram por mim".

"Estou pronto para passar bastão", garantiu Obama, agradecendo a todos "por essa incrível jornada".

"Este ano, nesta eleição, estou pedindo a vocês para se unirem a mim - para rejeitar o cinismo, rejeitar o medo, para chamar o que há de melhor em nós, para eleger Hillary Clinton como a próxima presidente dos Estados Unidos".

No final do discurso, o público reunido no estádio Wells Fargo Center foi agraciado com a inesperada presença de Hillary Clinton no palco.

Ao som de "Signed, Sealed, Delivered", de Stevie Wonder, Obama deu um caloroso abraço em Hillary.

Em outro momento empolgante do terceiro dia da Convenção, o vice-presidente americano, Joe Biden, deslegitimou e ironizou a personalidade de Trump e sua reiterada alegação de ser o "campeão da classe média".

Senador de longa trajetória que construiu sua carreira política com base em suas credenciais de trabalhador, Biden lembrou do mote de Trump no programa de TV "O Aprendiz": "você está demitido".

"Pensem nisso", afirmou um combativo Biden, elevando o tom. "Pensem em tudo o que você aprendeu quando criança, não importa onde você cresceu. Como pode haver um prazer em dizer 'Você está demitido'"?!

"Ele está tentando nos dizer que ele liga para a classe média? Dá um tempo! Isso é um monte de baboseira!".

"Esse cara não tem a menor ideia da classe média. Nenhuma", alfinetou, ovacionado e seguido em coro pelo público, que repetiu "nenhuma".

Outro a bater em Trump nesta quarta-feira foi o empresário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, que definiu o candidato republicano como um "demagogo perigoso".

"Trump é uma opção arriscada, irresponsável, e não podemos nos permitir esta opção. Sei que Hillary Clinton não é perfeita, nenhum candidato é, mas ela é a opção correta e responsável neste eleição".

- Trump também ataca -

Fiel a seu estilo, Trump usou hoje uma incendiária entrevista coletiva para atacar a Convenção Democrata e a eventual participação de Obama. Ainda teve tempo para pedir à Rússia que espione antigos e-mails de Hillary.

Para Trump, Obama é um "desastre", ou ainda, "o presidente mais ignorante de toda nossa história".

O candidato republicano descartou que sua campanha tenha qualquer relação com o suposto ato de pirataria dos e-mails do Comitê Nacional do Partido Democrata, cujo vazamento deflagrou um escândalo político considerável. A cúpula democrata responsabilizou a Rússia pelo ataque.

Trump sugeriu, porém, que a Rússia ajude a encontrar os quase 30.000 e-mails que Hillary Clinton diz ter apagado dos servidores privados, quando era secretária de Estado.

"A Rússia, se estiverem ouvindo isso, espero que seja capaz de encontrar os 30.000 e-mails que estão faltando", disse Trump.

Um assessor de alto perfil da equipe de Hillary, Jack Sullivan, acusou a campanha de Trump de fomentar a espionagem por parte de um país estrangeiro contra um adversário político.

"Deve ser a primeira vez que um candidato presidencial ativamente estimula uma potência estrangeira a conduzir espionagem contra seu oponente político", criticou Sullivan, acrescentando que o caso "passou de ser um assunto curioso para uma questão política, uma questão de Segurança Nacional".

Para um dos porta-vozes da campanha de Hillary, Brian Fallon, "é certamente inédito na história da política americana ver o candidato presidencial de um grande partido usar esse tipo de retórica".

De acordo com Fallon, esse fato é apenas "o mais recente exemplo de que Trump é um irresponsável, é perigoso e não está preparado para ser presidente".


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