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Estado de Minas

Atentado suicida mata 36 pessoas no Aeroporto de Istambul


postado em 29/06/2016 05:52

Ao menos 36 pessoas, incluindo estrangeiros, morreram e 147 ficaram feridas na terça-feira à noite em um atentado com três suicidas cometido no aeroporto internacional Ataturk, de Istambul, um ataque que parece levar a marca do grupo Estado Islâmico (EI).

Este foi o ataque mais violento na metrópole turca, que já havia sido atingida por outros três atentados este ano.

"Segundo as últimas informações, 36 pessoas perderam a vida", anunciou o primeiro-ministro turco, Bimali Yildirim, no local do ataque.

O aeroporto Ataturk é o maior da Turquia e o 11º do mundo, com mais de 60 milhões de passageiros.

"Os indícios apontam para o Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico)", afimou Yildrim.

Nesta quarta-feira, quase 10 horas depois do atentado, nenhuma informação sobre as nacionalidades das vítimas ou dos criminosos havia sido divulgado.

Imagens e vídeos publicados nas redes sociais mostram uma grande bola de fogo na entrada do terminal e funcionários do serviço de segurança retirando os passageiros, que correm desesperados, em pânico.

Um vídeo impactante mostra um dos homens-bomba no chão, depois de ter sido ferido por um policial, se esforçando para conseguir ativar o cinturão de explosivos.

De acordo com as autoridades, as explosões aconteceram na entrada do terminal de voos internacionais às 22H00 locais (16H00 de Brasília).

Três homens abriram fogo com fuzis contra os passageiros e a polícia. Quando os agentes responderam, os criminosos detonaram as cargas explosivas.

"Três homens-bomba executaram o ataque", afirmou à imprensa o governador de Istambul, Vasip Sahin.

Na capital Ancara, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan fez um apelo à comunidade internacional por uma "luta conjunta".

"Esse ataque, cometido no mês do Ramadã, mostra que o terrorismo golpeia sem consideração de fé ou de valores", acrescentou Erdogan.

Um fotógrafo da AFP observou vários corpos cobertos com lençóis e ao lado de bagagens abandonadas. Centenas de bombeiros e policiais foram enviados ao local.

Oftah Mohamed Abdullha, uma somali, contou à AFP que viu um dos terroristas.

"Tinha um cachecol rosa e uma jaqueta curta, debaixo da qual escondia um fuzil. Ele sacou a arma e começou a atirar, enquanto caminhava como um profeta", disse.

Após a suspensão de todos os voos, o tráfego aéreo foi retomado a partir das 3H00 (21H00 de Brasília, terça-feira).

O atentado recorda o modo de atuação dos ataques de Paris em novembro (130 mortos) e em Bruxelas (32 mortos no aeroporto e no metrô) em março.

Rebeldes curdos ou extremistas

O presidente francês, François Hollande, condenou "duramente" o que chamou de "ato abominável" e também fez um apelo por um reforço da cooperação internacional na luta contra os ataques.

Washington condenou o "atroz" atentado e prometeu o "firme" apoio dos Estados Unidos à Turquia.

"O aeroporto internacional Ataturk, como o aeroporto de Bruxelas que foi atacado anteriormente este ano, é um símbolo das conexões internacionais e dos laços que nos unem", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em uma nota.

Em nota, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também "condenou o ataque terrorista" e expressou "sua profunda solidariedade e condolências" às famílias das vítimas e ao governo turco, ao mesmo tempo que ressaltou a "necessidade de intensificar os esforços regionais e internacionais de combater o terrorismo e o extremismo violento".

Nas redes sociais, os internautas criticaram a proximidade do regime conservador-islâmico do presidente Erdogan com o EI na vizinha Síria, acusações rejeitadas pelo governo turco.

Istambul e Ancara foram alvos de vários atentados desde o ano passado, que deixaram quase 200 mortos, centenas de feridos e um clima de insegurança permanente.

Os alvos dos atentados na Turquia são as forças de segurança e os locais turísticos, o que provocou uma queda imediata do turismo.

Os atentados são atribuídos ao EI - que nunca reivindicou nenhum ataque - ou aos rebeldes curdos, sobretudo ao grupo radical Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).


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