O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, visitará a presidente Dilma Rousseff na próxima sexta-feira, em sua primeira viagem ao exterior após as eleições argentinas, informou nesta terça o Itamaraty.
A chancelaria brasileira confirmou que Dilma e Macri se reunirão na manhã de sexta, em Brasília, uma semana antes da posse do candidato liberal, que derrotou o peronista Daniel Scioli, candidato da presidente Cristina Kirchner, em 22 de novembro passado.
Macri já anunciou que pedirá a aplicação da chamada cláusula democrática contra a Venezuela no Mercosul, diante da prisão de vários opositores venezuelanos, entre eles Leopoldo López, mas Dilma considera que não existem causas que sustentem a medida.
O recurso, que autoriza a suspensão temporária de um membro do bloco regional - integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela - é aplicado diante da alteração da ordem democrática.
Alinhada com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, Dilma afirma que a cláusula democrática "não pode ser usada com base em hipóteses", que é preciso "haver fatos qualificados".