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Estado de Minas

UE acerta ajuda de 3 bilhões de euros à Turquia por crise migratória


postado em 29/11/2015 21:16

União Europeia (UE) e Turquia acertaram neste domingo uma ajuda de 3 bilhões de euros para que Ancara possa enfrentar a onda de refugiados sírios que chega ao país, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após uma reunião em Bruxelas.

UE e Turquia acertaram ainda ativar um plano de ação comum para conter o fluxo de refugiados e dinamizar as negociações visando a adesão dos turcos à União Europeia, declararam dirigentes europeus e o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, em entrevista coletiva.

Ancara deve receber em seu território os refugiados sírios e assim evitar que sigam em direção à Europa.

Em troca da ajuda, a UE pediu à Turquia que se comprometa a controlar melhor suas fronteiras com o Bloco, especialmente em relação aos emigrantes econômicos. Ao menos 7 mil imigrantes chegaram à Europa este ano passando pela Turquia.

A UE também se declarou disposta a acelerar o processo em curso para isentar de visto os cidadãos turcos que viajam para os países do Bloco, e prometeu dar "um novo impulso" às negociações de adesão da Turquia, estancadas há anos.

"Nos disseram que o capítulo 17 das negociações (relativo às políticas econômicas e monetárias) se abrirão em meados de dezembro", revelou na quinta-feira o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Ainda não está definido se a ajuda de 3 bilhões de euros será concedida "em um ano ou dois, por etapas", explicou uma fonte em Bruxelas, acrescentando que a negociação "deixou uma certa ambiguidade".

Os estados-membros da UE também não definiram de onde sairá a ajuda de 3 bilhões de euros. A Comissão Europeia propôs contribuir com 500 milhões de euros do orçamento da UE, e pediu aos Estados que forneçam o restante. "Globalmente não há acordo", advertiu uma fonte diplomática.

O encontro em Bruxelas também analisou o polêmico tema da divisão dos refugiados entre os países da UE.

A situação dos refugiados se tornou ainda mais urgente desde os atentados em Paris, que no dia 13 de novembro deixaram 130 mortos.

A UE tem uma "tendência geral negativa sobre o estado de direito e os direitos fundamentais" na Turquia, mas uma fonte europeia assinalou que de "nenhuma maneira" serão relaxados os princípios do Bloco em matéria de direitos humanos devido "às preocupações migratórias".

A guerra civil na Síria já deixou mais de 250 mil mortos e cerca de 12 milhões de deslocados em quatro anos e meio de conflito.


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