O petróleo subiu nesta segunda-feira aproximadamente 9%, empurrado pela disposição da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em discutir novos preços.
O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em outubro subiu 3,98 dólares (8,8%), a 49,20 dólares, em Nova York, mercado que já acumula uma alta de 27,46% em três sessões.
Em Londres, o preço do barril de Brent para outubro subiu 4,10 dólares, a 54,15 dólares, com um crescimento de 25,52% em três sessões.
Neste mês, o barril de WTI aumentou 4,41% e o de Brent 3,72%, fato inesperado após a queda dos preços após a desvalorização da moeda chinesa.
O fator-chave para o aumento dos preços de hoje foi uma declaração da Opep, em que o cartel diz que as pressões baixistas sobre os preços do petróleo "continuam uma fonte de preocupação".
A Opep vinculou essas pressões a uma alta produção e a especulações do mercado.
"É desnecessário dizer que a Opep, como sempre, continuará fazendo o que puder para criar o melhor clima para que o mercado alcance o equilíbrio com preços justos e razoáveis", disse a entidade em nota.
A declaração despertou dúvida entre os analistas.
"Os investidores parecem entender isso como uma promessa de tomar as rédeas da produção, ou, pelo menos, de evitar que a produção suba. Isso, se funcionar, fará subir os preços", explicou Paul Ausick, da empresa 24/7 Wall St.
"Não estou convencido de que a Opep prepará um corte (da produção)", disse Bart Melek, da TD Securities. Para ele, "é muito cedo para dizer que o mercado parou de baixar".