A X cúpula da Aliança do Pacífico terminou nesta sexta-feira no Peru com a incorporação de dez novos países observadores e um plano para incluir as pequenas e médias empresas no fortalecimento de seu comércio e nos planos de luta contra a pobreza.
"A Aliança do Pacífico (AP) é um grande motor que dinamiza nossas economias, é uma janela de oportunidade para os quatro países para melhorar a qualidade de vida que quer projetar para o mundo", disse o presidente peruano, Ollanta Humala, durante o fechamento do evento que começou na noite de quinta-feira na baía de Paracas (260 km ao sul de Lima).
Na declaração de Paracas, assinada pelos presidentes Michelle Bachelet, do Chile; Humala, do Peru; e Enrique Peña Nieto, do México; além da chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, acordaram a criação de um fundo de capitalização para pequenas e médias empresas.
"O Fundo de Capital Empreendedor dos países da Aliança do Pacífico, iniciaria operações no ano 2017", afirma o texto.
"Não é um acordo de livre comércio avançado, é um espírito de integração que não só olha para temas econômicos e comerciais como para outros temas como educação e os níveis de pobreza", acrescentou Humala em uma tácita crítica aos presidentes da região, como o boliviano Evo Morales, que questionam o bloco.
O PIB conjunto dos quatro integrantes representa a oitava economia do mundo.
Neste encontro, a Aliança aceitou a incorporação de outros 10 países como "estados observadores". Entre eles estão Indonésia, Tailândia, Grécia, Austrália e Polônia, afirmou a chanceler colombiana.
Por enquanto não se falou da possível inclusão, como membros plenos, aos aspirantes Panamá e Costa Rica.
"A Aliança do Pacífico é um dos instrumentos mais poderosos e dinâmicos da região e do mundo", enfatizou Bachelet.
A presidente chilena ressaltou a importância de projetar para outras regiões o bloco comercial, mencionando os países do sudeste asiático e do Mercosul.